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Cavalieri cobra R$ 3,3 milhões do Botafogo e acusa clube de assédio moral
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O goleiro Diego Cavalieri ingressou na Justiça contra o Botafogo acusando o clube de assédio moral ao longo do último ano em que o atleta defendeu o clube, em 2021. Na ação, ao qual a coluna teve acesso, o atleta pede danos morais, indenização, multa, FGTS e verbas salariais que ainda não foram pagas. A cobrança é de R$ 3,3 milhões.
Cavalieri diz que a direção do Botafogo o fez escolher, de forma abusiva, entre concordar com uma redução de seu salário ou ser demitido imediatamente. O goleiro defende que o clube o pressionou durante meses ao ver avanços no tratamento do concorrente de posição, Gatito Fernandez. Segundo ele, os dirigentes oscilavam entre a decisão de demiti-lo ou mantê-lo no elenco.
Segundo ele, a situação ficou insustentável e havia dias em que sequer sabia se deveria se apresentar às dependências do clube. Ele relata angústia durante seu processo de recuperação de lesão. Para Cavalieri, o clube também o colocou contra a torcida ao não ser transparente quanto a sua situação, fazendo com que os torcedores interpretassem o caso de forma equivocada e questionassem seu caráter.
"Ocorre que a omissão foi prejudicial à imagem do goleiro, uma vez que passou a impressão à mídia especializada e aos torcedores de que o jogador, que possuía remuneração expressiva, não estava comprometido com sua atuação no clube, permanecendo tempo demais no Departamento Médico", disseram os advogados do atleta no processo.
Cavalieri anexou à ação, que corre na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, trocas de mensagens com diretores do Botafogo discutindo sua situação e prints de ameaças e xingamentos de torcedores do clube nas redes sociais. O goleiro recebia salário de R$ 152 mil mensais em seu último ano de contrato.
Procurado pela coluna, o Botafogo disse que não vai se pronunciar.
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