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Santos tenta penhorar bens de cartola em processo por comissão de R$ 1,4 mi
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O Santos foi novamente à Justiça contra o ex-presidente José Carlos Peres, desta vez exigindo ser ressarcido por comissão sem autorização na contratação de Eduardo Sasha. O clube cobra R$ 275 mil e pede a penhora de bens do cartola.
Em contato com a coluna, Peres disse que não está sabendo da ação e que irá se manifestar nos autos do processo. "É uma perseguição política sem precedentes. Tudo para tirar o foco", disse o ex-presidente.
Na ação, o Santos anexou conversas de um grupo de Whatsapp onde Peres teria confirmado que não haveria comissão na transação. Porém, na versão da atual gestão, mesmo sem autorização prévia do Comitê, conforme determina o estatuto do clube, ficou acertada uma comissão de R$ 1,462 milhão a um suposto intermediário do negócio.
Os advogados do Santos dizem que Peres assegurou aos membros do então CG que "não haveria comissões indevidas", comprometendo-se a avisar antes quando as negociações envolvessem intermediários. O atual presidente Andrés Rueda, ex-membro do Comitê de Gestão, diz na ação que já havia pedido ao Conselho Deliberativo instauração de processo administrativo para apurar o caso em 2019.
Além de Peres, também é citado no processo o ex-membro do Comitê de Gestão, Pedro Doria. Ele era o braço direito do ex-presidente durante a gestão.
À coluna, Doria prometeu mostrar a verdade dos fatos nos autos do processo, assim que for citado, e acredita que "saindo da bravata política a verdade vai aparecer". Ainda se disse tranquilo e afirmou que irá à Justiça contra o clube por não ter sido chamado para prestar esclarecimentos sobre o caso.
O Santos já havia ingressado no Judiciário contra o ex-presidente José Carlos Peres no mês passado, pedindo a devolução de R$ 175,2 mil por suposto "enriquecimento ilícito" na utilização dos cartões corporativos do clube, o que é negado por Peres. Em uma primeira decisão, a Justiça rejeitou o pedido santista por uma tutela de urgência.
Em setembro, o Santos ainda foi à Justiça contra o ex-presidente Modesto Roma Júnior cobrar a quantia de R$ 5 milhões, por supostos prejuízos causados pelo cartola enquanto esteve à frente do clube. O dirigente alega ambiente político hostil.
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