Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Empresas fantasmas sediadas em buffet levaram R$ 500 mil em escândalo do SP
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Ministério Público encontrou pagamentos a duas empresas consideradas fantasmas pelo órgão em meio à polêmica transferência do zagueiro Iago Maidana ao clube, em 2015.
De acordo com investigação sigilosa à qual o UOL Esporte teve acesso, o Monte Cristo - clube da 3ª divisão do futebol goiano para onde o atleta se transferiu antes de ir ao São Paulo - fez duas transferências a duas empresas de equipamentos de informática, no valor de R$ 250 mil cada, na mesma época do recebimento de pagamentos pela ida de Iago ao clube tricolor.
Ambas, porém, existiam apenas no papel, e era registradas em um endereço onde funcionava um buffet infantil.
"Tais empresas favorecidas são fantasmas", constatou o MP. "São empresas de fachada criadas unicamente com o intuito de encobrir o verdadeiro destinatário do dinheiro", acrescentou.
Além disso, pesquisas no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontaram que os mesmos funcionários demitidos da primeira empresa (chamada Salt Informática) - foram contratados pela segunda (AMM Suprimentos).
De acordo com o MP, tal manobra é claro indicativo de anotações fraudulentas de vínculos empregatícios. Em planilhas, o órgão ligou os R$ 500 mil repassados às empresas ao pagamento de R$ 2 milhões do São Paulo ao Monte Cristo pela transferência.
O Ministério Público foi procurado para comentar por que as empresas não foram indiciadas no processo, mas afirmou que a investigação está em segredo de Justiça e, por isso, não poderia comentar. A reportagem tentou entrar em contato com as empresas e seus representante por meio de números de telefone que constavam na investigação, mas eles ou não foram atendidos ou já pertenciam a terceiros não relacionados às empresas. Também houve tentativa de contato por meio de um endereço de e-mail cadastrado no nome das empresas na receita federal, mas não houve resposta.
A coluna também buscou falar com os agentes que participaram da negociação na época, mas também não teve retorno. A diretoria do Monte Cristo também foi procurada: a reportagem tentou contato por telefone e mensagens, em vão, mas fica à disposição caso qualquer uma das partes queira se manifestar. O texto será atualizado tão logo entrem em contato.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.