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Clube que demitiu por marmitex tinha restrição de alimentos em estádio
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A Federação Paulista de Futebol (FPF) desmentiu alegação do Rio Preto de que não liberou o refeitório para os atletas comerem o jantar antes do jogo contra o Bandeirante, que terminou com os atletas reclamando de comer marmitex no vestiário e a consequente demissão de dois deles por justa causa. Além disso, o estádio do clube estava liberado, mas com restrições no que diz respeito a alimentos.
Laudos das condições sanitárias do estádio Anísio Haddad recebidos pela coluna mostram que o Rio Preto informou à vigilância sanitária que não havia manipulação de alimentos no local, o que, segundo fontes do clube, resultou na ausência de exigências sobre higienização e na falta de treinamento de funcionários responsáveis pela manutenção da comida.
Além disso, em nota enviada à coluna, a FPF afirmou que os procedimentos de segurança que devem ser adotados nos refeitórios são de prerrogativa dos clubes, diferentemente do que foi alegado pelo Rio Preto. De acordo com a federação, nos dias de jogos, com relação à alimentação, o protocolo de saúde prevê apenas que o serviço seja feito de forma individualizada, e não no modelo de self-service.
Em nota divulgada no Facebook, o Rio Preto havia dito que não liberou o local para os atletas comerem pois "fiscais da federação, em nome e em cumprimento ao protocolo sanitário, proibiram a aglomeração e portanto não autorizaram a abertura do refeitório".
Sem local adequado para fazerem suas refeições, na semana passada, jogadores do Rio Preto foram obrigados a se alimentarem com marmita, no vestiário do clube, o que levou a reclamações dos atletas. Dois deles foram demitidos por justa causa por terem demonstrado insatisfação. O zagueiro Nino Santos e o atacante Leandro Love, ambos veteranos, foram os alvos das demissões.
O primeiro conversou com a coluna, enviou vídeos do momento em que parte do elenco come as marmitas no vestiário e chamou de humilhação a situação ao qual foi submetido, ainda mais em meio à pandemia de covid-19, que exige cuidados higiênicos redobrados. O Rio Preto rebateu no Facebook chamando os atletas de malandros e bandidos.
A coluna tentou conversar com o presidente do clube, José Rodrigues, mas ele não respondeu. A FPF acrescentou que acompanha o caso do clube e mantém constante contato com a diretoria e os atletas.
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