Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Empresa diz ter intermediado novo patrocínio e vai processar o Palmeiras

O Palmeiras vai ser processado pela empresa Omverso por conta de uma suposta intermediação para acertar o patrocínio de R$ 25 milhões com o grupo Fictor, que vai estampar as costas do uniforme do time principal e feminino e o máster da camisa do time das categorias de base. A notícia foi confirmada à coluna pela CEO da empresa, Glaucia Pelli.

O Alviverde foi consultado, mas não quis se manifestar. Esta notícia será atualizada se a diretoria do clube mudar de ideia. Ontem, no evento de apresentação da nova parceria, o vice-presidente e chefe de marketing, Everaldo Coelho, não citou que teve a ajuda de intermediário. A empresária diz que o dirigente está pressionado no clube por não encontrar patrocinadores por conta própria.

Glaucia diz ter um dossiê com várias evidências que provariam que foi ela que apresentou a empresa de agronegócio ao clube. Primeiramente ao departamento jurídico e, depois, para o departamento de marketing, por meio de Everaldo. Seus advogados estão próximos de finalizar a estratégia para ingressar com a ação na Justiça, possivelmente, já nesta quinta-feira.

O acordo, segundo ela, seria de uma comissão de 7% em cima do valor total do patrocínio, o que significa pouco menos de R$ 2 milhões por ano de contrato, totalizando R$ 7 milhões se o acordo for mantido por quatro temporadas sem considerar os possíveis bônus de desempenho do time. Ela não diz se assinou algum contrato com o clube, mas enviou uma notificação extrajudicial cobrando o Palmeiras por um posicionamento, mas recebeu como resposta um documento afirmando que ela não teria direito a nada.

"Eu fiz um estudo completo sobre todas as possibilidades e dos motivos de o Palmeiras ser um bom lugar para a Fictor expor a sua marca. No dia 21 de janeiro, fiz uma reunião e deixei tudo encaminhado. O acordo foi caminhando até o início do mês, quando o Everaldo disse que estava tudo dando certo. Eu, inclusive, passei os contatos para que eles pudessem acertar alguns detalhes diretamente, porque nem esse cuidado eles tiveram no primeiro encontro que eu promovi", disse Glaucia à reportagem.

"Depois, eu soube que o Everaldo estava sendo pressionado por não achar os patrocinadores e sempre depender de intermediários. Eu tenho todas as fotos da visita, eu tenho a cópia das conversas, inclusive a prova que entrei no clube por meio do jurídico. A minha empresa é constituída para isso. Recentemente, enviei uma notificação extrajudicial porque não queria atrapalhar o momento de alegria do anúncio. Mas o clube me respondeu dizendo que não tinha direito a nada. Me tirou da jogada", completou.

Nas suas redes sociais, a empresária inclusive tem foto em visitas à Academia de Futebol, uma delas ao lado de toda a direção do Fictor e também com Everaldo. Em outra postagem, ela também aparece ao lado de Leila Pereira, que ela diz conhecer há 20 anos.

"Depois do primeiro encontro, eu estive em uma reunião que também teve a presença da Leila. Na ocasião, eles disseram que várias empresas estavam interessadas em patrocinar o Palmeiras, e a Leila reforçou ao Everaldo que era para dar prioridade para a Fictor porque eu estava levando a empresa. Mandei mensagem para o celular dela nos últimos dias, mas ela não me respondeu mais", finalizou.

O Palmeiras já teve ajuda de intermediários para fechar os patrocínios da SportingBet e da Sil Fios e Cabos Elétricos. Na ocasião, o clube não pagou comissão em comum acordo com a empresa que fez o serviço.

Reportagem

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