União dos jogadores contra sintético é ótima, mas deixa perguntas em aberto
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É muito bom ver jogadores de diferentes equipes se manifestando contra algo que eles consideram prejudicial para a sua profissão. Se ninguém quer que haja jogo no gramado sintético, é essencial que eles tornem isso público e não fiquem apenas com recados "em off".
A união da classe é algo fundamental para que a gente tenha melhoras e é algo que esta coluna sempre defende, inclusive na hora da formação de ligas de clubes. Mas essa atitude precisa ser seguida de algumas outras questões que devem ser respondidas.
Eles pedem no texto que os gramados estejam bons, mas quem vai fiscalizar a qualidade da grama? O Maracanã, o Castelão, o Mineirão e tantos outros estádios recentemente apresentaram buracos e, inclusive, foram causadores de lesões em atletas como no caso de Gabigol. Qual vai ser a punição para o time que não tenha um gramado bom?
Se a saúde está em primeiro lugar, a importância da partida não deveria importar. Afinal, se o jogo é amistoso, vale três pontos ou é final de campeonato, a saúde segue em primeiro lugar.
Se Oscar e Lucas não podem ou não querem atuar no artificial, como fica a situação de outros atletas? Pablo Maia e Alisson que voltaram faz pouco tempo de lesão podem jogar no sintético? Por quê?
Vale lembrar que não há nenhum estudo que COMPROVA que o sintético cause mais lesões. Ainda assim, é justo que a classe defina em quais condições eles querem praticar o esporte.
No dia 1º de novembro de 2023, este blog trouxe a informação que desde então não mudou: nem os atletas de Palmeiras e Botafogo gostam do gramado sintético, mas eles preferem jogar no artificial a jogar no natural em estado ruim de conservação.
Se, no final, houver consenso que o gramado sintético não pode mais ser usado, os times que usam esse tipo de piso precisam de um tempo para adaptação. É certo que os estádios terão que passar por reformas e isso não acontece de um dia para o outro.
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