Danilo Lavieri

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OpiniãoEsporte

Faltou poder de fogo ao Palmeiras contra o Corinthians. Quem faz o gol?

Faltou um jogador para concretizar o domínio que o Palmeiras teve contra o Corinthians nesta quinta-feira (6) no primeiro clássico do ano. O time de Abel Ferreira dominou a bola quase o tempo todo, jogou no campo de ataque boa parte dos 90 minutos, mas não teve poder de fogo e ficou no 1 a 1.

Curiosamente, a discussão do momento no Verdão é a falta de um camisa 9, que tem como principal característica justamente esse ofício. O esquema de jogo armado pelo português era bom para o time circular a bola.

Maurício, Veiga, Facundo, Estevão e, hoje, Piquerez, estavam bem na troca de passes, às vezes apareciam na entrada da área, mas faltava mais do que isso. Faltava facão, presença na marca de pênalti, uma parede e um pivô. O time conseguia rodar toda a área do Corinthians, mas não transformava isso em um perigo de verdade para Hugo Souza. Foram 24 chutes palmeirenses contra quatro, oito vezes que a meta foi atingida, mas uma delas foi Estevão perdendo o pênalti.

O Corinthians demorou para entender o que o Palmeiras fazia em campo quando Abel escolheu começar a partida com três zagueiros. Foi um início de domínio convertido em um belo chute de Maurício com um grande passe de Piquerez.

Os donos da casa seguiram dominando o jogo, até que Rios errou uma saída de bola. Justamente um dos melhores jogadores do ano foi responsável pela bola perdida, o passe de Memphis e o gol de Yuri Alberto.

No segundo tempo, Ramon Dianz mudou o time, mas o roteiro foi parecido, com a diferença que o Corinthians ainda teve um jogador expulso. O Palmeiras dominou ainda mais e a falta de alguém dentro da área, explorando os espaços na área, era ainda mais evidente. A melhor jogada com essa característica foi Mayke, cabeceando na trave. Ele apareceu bem, mas não é dele. Precisa de um especialista.

O especialista em dribles resolveu aparecer. Estevão esteve sumido e resolveu aparecer nos acréscimos, dando um drible e sofrendo o pênalti. A vitória seria merecidíssima, mas virou empate heróico para o Corinthians. De novo, como foi na Batalha de Barueri no ano passado.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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