A triste repetição do gesto de Abel feita por Wesley, do Corinthians
O futebol brasileiro não se cansa de dar exemplos ruins. A repercussão do gesto obsceno de Abel Ferreira durante o jogo do Palmeiras com o Flamengo foi tão grande que quase não se comentou que, na mesma noite, Wesley, do Corinthians, repetiu a mesma coisa no jogo contra o Grêmio.
É tão triste que a gente viva em um lugar em que esse tipo de coisa seja absolutamente cotidiana. Se não é um gesto obsceno dessa gravidade, é um xingamento, um dedo do meio, um copo atirado no gramado, uma ameaça no aeroporto... Parece que no futebol pode tudo.
Claro que há pesos diferentes. Abel Ferreira é o comandante de um grupo, é experiente, gosta de falar que falta educação no Brasil e não pode se portar assim. Mas Wesley olhar para a torcida adversária e fazer esse gesto é algo quase tão grotesco quanto. Afinal, a arquibancada deveria ser respeitada por quem está dentro de campo.
Repito a mesma lógica que tenho para outros assuntos que viram problemas no futebol brasileiro: enquanto a discussão for clubista e individual, seguiremos absolutamente na mesma de sempre. O que precisamos é de uma discussão conjunta, pensando no esporte como um produto, onde os clubes são rivais dentro de campo, mas unidos fora dele por um ambiente melhor, mais educado e mais lucrativo.
Deixe seu comentário