Com TV, grandes do Paulistão-24 recebem o mesmo que na semi de Libertadores
Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos receberão uma receita recorde para o Paulistão de 2024: R$ 40 milhões cada um só de verba de televisão e divisão com marketing do campeonato. Esse total ainda pode aumentar para quem chegar à final e também levando em consideração a bilheteria.
Isso representa um aumento de mais de 20% em relação ao que foi desembolsado no ano passado. Os clubes menores receberão cerca de R$ 8 milhões, com exceção do Red Bull Bragantino, que ganha um montante um pouco superior a isso, mas abaixo do quarteto.
O aumento é registrado mesmo com a saída do Premiere da lista de transmissores do campeonato. A Federação Paulista de Futebol já trabalha com alternativas para substituição e conseguiu arrecadar mais dinheiro do que a proposta que tinha em mãos do canal pago do Grupo Globo. Além disso, a Record segue como o parceiro na TV aberta, Warner na fechada e YouTube no streaming.
A novidade foi divulgada ontem (16) a todos os presidentes no Conselho Técnico da competição. O evento também foi marcado pelo sorteio dos grupos com o mesmo formato do ano passado: com 16 clubes divididos em quatro grupos e sem confronto direto entre eles.
A verba mostra a força do Paulistão não só na comparação com os outros estaduais, mas também com competições internacionais. Para se ter uma ideia, o Palmeiras faturou como prêmio por ser semifinalista da Libertadores os mesmos R$ 40 milhões. O valor da competição continental só supera a do Estadual por causa da premiação por vitória na fase de grupos, o que deu R$ 7 milhões ao Alviverde.
A premiação da Copa do Brasil também só chega neste patamar se o time chegar até a final. Na Sul-Americana, para conseguir esses mesmos R$ 40 milhões, um time precisaria ser campeão. Em 2023, por verba de televisão do Carioca, o Flamengo ganhou R$ 21 milhões, com o Fluminense recebendo R$ 14 milhões. Os pequenos receberam R$ 2,5 milhões cada. Ou seja, juntos, Fla e Flu não conseguiram arrecadar o que ganharão cada um dos quatro grandes.
Essa força financeira é um dos grandes desafios na hora de a CBF conseguir diminuir o número de datas disponíveis para os estaduais. São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são considerados pela entidade os principais obstáculos para a mudança de calendário.
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