Leila vive dia D para entender tamanho da resistência política no Palmeiras
Em meio à crise dentro dos gramados e nas alamedas do Palestra Itália, Leila Pereira vai entender hoje (23) o tamanho da resistência política que tem no Palmeiras. Uma reunião do Conselho Deliberativo virou o único assunto dos últimos dias e pode fazer a presidente entender se ainda tem ou não o clube nas mãos como se acostumou durante todo seu mandato até aqui.
A reunião de hoje não traz à pauta nenhuma dos pedidos da oposição como, por exemplo, a discussão sobre a relação entre o clube e a Placar Linhas Aéreas, empresa criada pela presidente para fretar aviões e que, por enquanto, presta serviço gratuito ao clube.
O único objeto prático do encontro é para a entrega de diplomas de benemerências e para um discurso de Leila. Mas sempre há uma lista de inscrição para os conselheiros que querem falar.
Até a última sexta-feira, mais de dez conselheiros já tinham colocado o seu nome na lista pedindo a palavra. A questão é: quem vai ter esse espaço? Alcyr Ramos da Silva Júnior, presidente do conselho, prometeu dar espaço para todos, mas há desconfiança diante das medidas recentes de Leila.
O clube cortou benefício do ingresso dos 26 conselheiros que assinaram um documento questionando a gestão de Leila, excluiu 46 consulados que fizeram críticas à administração e ninguém sabe qual será o próximo passo em relação aos que não concordam com sua gestão.
A oposição se mobiliza para ter mais representantes além do grupo de 26 que tem ganhado as notícias política do clube. A questão é saber se mesmo aqueles que hoje fazem parte da oposição terão espaço e coragem para se manifestarem contra Leila. Essa é a primeira reunião oficial do clube depois de todas essas retaliações.
Até por conta disso, são esperados protestos na porta do Palestra Itália, também com o intuito de pressionar os conselheiros que ainda fazem parte da base da gestão.
Enquanto isso, o grupo que ainda apoia a presidência promete também tomar a palavra para exaltar a responsabilidade financeira, a manutenção do esqueleto campeão de tudo nos últimos anos e outras características que consideram como positivas. A questão é que quando o resultado não vai bem dentro de campo, tudo fica mais difícil fora dele.
No discurso, Leila disse que apenas 1% dos palmeirenses estava insatisfeito com o seu clube. Na quinta passada, diante do Atlético-MG, teve a ideia de que esse percentual é maior após os protestos em todos os setores do Allianz Parque.
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