OPINIÃO
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Ídolo ou não, Valdivia tem nome gravado na história do Palmeiras
Danilo Lavieri
Danilo Lavieri
https://www.uol.com.br/esporte/colunas/danilo-lavieri/Danilo Lavieri começou a carreira em 2008 e trabalha com futebol desde 2010. Já cobriu Copa, Olimpíada, escreveu a biografia do goleiro Marcos (Nunca Fui Santo) e ganhou prêmio de furo do ano da Aceesp em 2019.
Colunista do UOL
01/07/2022 19h50
Jorge Valdivia anunciou hoje (1) a sua aposentadoria. O chileno desperta amor e ódio na mesma proporção e encerra a sua carreira como ídolo para alguns palmeirenses. Os que não concordam normalmente combatem essa ideia com afinco. Ídolo ou não, ele está na história do Palmeiras.
Na sua primeira passagem, o chileno foi o protagonista de um time que não ganhou nada além do Paulista. É pouco para considerar ídolo em uma história tão vitoriosa, mas aquele triunfo foi uma das poucas alegrias para uma geração de palmeirense. Quem não se lembra da dancinha e da provocação a Rogério Ceni na semifinal do Estadual em 2008?
Entre lesões, baladas e idas à Disney, ele muitas vezes jogava com a vontade e com a irreverência de um torcedor. Brigava pela camisa, provocava os rivais, dava chutes no vácuo e proporcionava alguns momentos de felicidade para um torcedor que pouco tinha para comemorar. Mas, como um torcedor, também não teve os cuidados ideais para ser profissional em 100% do tempo.
Talvez por isso, sua carreira tenha sido abreviada. E só por isso o rótulo de ídolo ainda gera alguma discussão. Ainda assim, é bom lembrar, em 2014 jogou sem conseguir andar para tentar salvar o Palmeiras do rebaixamento em pleno centenário. Mesmo sem suas melhores condições físicas, foi um dos melhores em campo. Até depois, em 2018, jogou pelo Colo Colo e provocou o Corinthians como um palmeirense. Depois, eliminado pelo mesmo Palmeiras, declarou torcida por aquele time na Libertadores.
Valdivia também encerra a carreira sem poder jogar em um Palmeiras completamente reformulado e profissional como o de hoje em dia. Ele mesmo já disse em entrevistas que queria atuar em um time mais redondo. Sem dúvida, tecnicamente agregaria. Fica a questão se poderia cumprir todas as exigências do Palmeiras de hoje.
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