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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Marcos Leonardo quer novo projeto de carreira, e papo com Santos trava

Marcos Leonardo comemora gol do Santos contra o Flamengo - Reprodução
Marcos Leonardo comemora gol do Santos contra o Flamengo Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

16/12/2021 18h35

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Santos e Marcos Leonardo ainda não têm um acordo pela renovação. O jogador tem vínculo até outubro de 2022, ficará livre para assinar um pré-contrato com qualquer outro time a partir de abril e não gostou do projeto de carreira que lhe foi oferecido, segundo apurou o blog.

O principal entrave é a multa rescisória. O atacante gostaria que o valor começasse com um fixo mais baixo e fosse aumentando conforme ele tivesse mais minutos em campo. Assim, o atleta protegeria o clube caso ganhasse mais oportunidades e, ao mesmo tempo, manteria o valor mais baixo caso não fosse aproveitado, facilitando uma eventual saída.

Marcos não gostaria de ficar encostado entre os reservas como aconteceu em 2021, quando ele jogou como titular em apenas 18 vezes. Em apenas cinco delas, ele não foi substituído. Na reta final do Brasileirão, inclusive, ele fez quatro gols em três jogos, sendo decisivo na permanência da equipe na elite.

No meio do ano, o jovem de 18 anos ouviu da diretoria que estava em alta e que seria mais utilizado. Pouco depois, foram anunciadas as chegadas de Léo Baptistão e Diego Tardelli para a mesma posição, sem contar com Raniel, que já estava no elenco.

O Santos, por sua vez, não quer nem ouvir falar nessa multa escalonada. De acordo com dirigentes ouvidos pela reportagem, o valor precisa ser superior aos 30 milhões de euros para seguir a política de valorização de jovens revelados na Vila Belmiro. Em breve contato, Edu Dracena, executivo de futebol na Vila, disse que "colocar multa baixa não existe".

A ideia é que novos casos como os de Yuri Alberto e Kaio Jorge não se repitam com os atletas saindo do clube sem o retorno financeiro esperado. Ao mesmo tempo, Marcos não acha justo que ele seja colocado na fogueira para servir como resposta a erros do passado do Santos.

A última conversa entre as partes aconteceu antes do dia 10 de dezembro e, de lá para cá, não houve nenhuma contraproposta. A possibilidade de afastá-lo em caso de falta de acordo não está descartada. A conversa está estacionada.

Há outros detalhes pendentes nas conversas, como a questão salarial e as metas colocadas no papel para que ele fosse melhor remunerado. Nesse ponto, no entanto, os dois lados acreditam que o acordo será muito mais fácil do que a resolução do caso da multa. Até porque Marcos ainda tem salário de uma jovem promessa e não representa um peso na folha salarial santista.

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