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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Gostem ou não, Abel faz um ano de Brasil e está na história do Palmeiras

Abel Ferreira comemora o título da Copa Libertadores pelo Palmeiras - Staff Images/Conmebol
Abel Ferreira comemora o título da Copa Libertadores pelo Palmeiras Imagem: Staff Images/Conmebol

Colunista do UOL

30/10/2021 14h06

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Abel Ferreira completa hoje (30) um ano de Brasil. O técnico português desperta simpatia em quase todos os palmeirenses por causa dos títulos, mas não é unanimidade entre os fãs de futebol por causa do seu estilo de jogo. Gostem ou não, o português cravou o nome na história do Palmeiras e do esporte no Brasil.

Em três meses de país, o técnico estava levantando a taça mais importante do continente e, pouco depois, a da Copa do Brasil com atuação de gala na final contra o Grêmio. Além disso, foi vice do Paulista e agora vê sua equipe na segunda colocação do Brasileirão. Chamado de retranqueiro, ele responde com com 42 gols feitos e apenas 12 sofridos em 18 jogos de Libertadores.

É verdade que nem todas as partidas apresentadas pelo Alviverde de lá para cá são um espetáculo, mas os resultados são extremamente positivos. Até mesmo Jorge Jesus, frequentemente lembrado como o grande maestro do futebol no país nos últimos anos, teve seus momentos de péssimo futebol e chegou a ser salvo de ser demitido logo no início de sua trajetória por causa de atuações de arbitragem bastante contestáveis.

O Palmeiras foi o maior time da carreira de Abel como técnico e, por aqui, ele enfrentou dificuldades que nunca tinha visto. De todos os tipos. O calendário bizarro do país que foi agravado pela pandemia, viagens longas, gramados ruins, desfalques por causa de convocações, pressão (muitas vezes incompreensível) da torcida, a cultura do jogador brasileiro de relaxar após as conquistas...

Claro que ainda há o que melhorar. É óbvio que ele comete erros. O português está no início de sua trajetória como técnico, ainda vai aprender muito e poderá evoluir na sua carreira. Pode ser que seu estilo de jogo não será marcante como a de Jesus no Flamengo, mas é inquestionável que daqui anos e anos o palmeirense vai se lembrar de Abel Ferreira e seu estilo por causa das taças conquistadas.

E tudo isso poderá ser ainda maior no dia 27 de novembro, quando o comandante terá a chance de quebrar mais um recorde e conseguir algo pela primeira vez na história centenária do Palmeiras: o bicampeonato consecutivo de Libertadores.

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