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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Atlético-MG e Fortaleza têm prejuízo mesmo com público, e Grêmio lucra

De máscara, torcedora do Atlético-MG vibra no duelo contra o Internacional no Mineirão pela 23ª rodada do Brasileirão 2021 - Pedro Souza
De máscara, torcedora do Atlético-MG vibra no duelo contra o Internacional no Mineirão pela 23ª rodada do Brasileirão 2021 Imagem: Pedro Souza

Colunista do UOL

05/10/2021 12h21Atualizada em 06/10/2021 11h47

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O retorno de público ainda não garante aos clubes uma entrada extra de dinheiro nos cofres. O Atlético-MG e o Fortaleza tiveram prejuízo na rodada de final de semana mesmo com a venda de ingressos. Dos documentos que já foram disponibilizados pela CBF, apenas o Grêmio ficou no azul na última rodada.

A equipe de Belo Horizonte recebeu o Internacional e contou com 7.166 ingressos vendidos, segundo o borderô da partida, o que significa uma arrecadação total de pouco mais de R$ 355 mil. Ainda assim, para poder abrir os portões, o time aumenta consideravelmente os gastos e, por isso, ficou no vermelho com prejuízo de R$ 35 mil. Ao menos esse valor significa menos do que a média de R$ 100 mil de perda que a equipe de Cuca registrava antes da mudança.

Para efeito de comparação, o Mineirão gerou uma despesa operacional de R$ 47 mil na última partida sem público. Para receber as pessoas, esse mesmo item teve o custo de mais de R$ 83 mil. Houve um gasto extra de quase R$ 145 mil com segurança privada, o que não existia com os portões fechados.

O Fortaleza vive situação parecida. Para receber pouco mais de 2,7 mil torcedores na derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, a equipe nordestina teve prejuízo de R$ 48 mil. Diferentemente do Atlético-MG, no entanto, a perda de dinheiro foi basicamente a mesma, já que a equipe do Ceará já tinha uma média de gastos de R$ 50 mil por partida que fazia sem público.

Apesar disso, o presidente do Leão, Marcelo Paz, aprovou a experiência. "Avaliação geral muito positiva, com utilização de máscaras, distanciamento e sem acúmulo de pessoas. Foram abertos vários setores. E vale ressaltar que o protocolo para volta no Brasil é bem rígido, e isso até dificultou que tivéssemos mais público. Tínhamos espaço para 6 mil pessoas e não vieram nem 3 mil, mas isso muito em função da dificuldade das pessoas atingirem os requisitos do protocolo. Mas, no geral, gostamos e sabemos que com o tempo tende a melhorar", explicou ele ao blog.

Por fim, o Grêmio conseguiu ser a exceção entre os times que tiveram suas contas já registradas no sistema da CBF. Apesar da derrota para o Sport dentro de casa, a equipe de Porto Alegre conseguiu colocar na sua conta pouco mais de R$ 184 mil com a presença de 6847 pessoas. Nos documentos enviados, o Tricolor só registrou um aumento de cerca de R$ 90 mil com despesas classificadas como "serviços terceirizados".

As outras partidas da rodada, com exceção de Palmeiras x Juventude e Red Bull Bragantino x Corinthians, que não tiveram público, ainda não tiveram seus documentos registrados no sistema da CBF.

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