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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Liga de clubes espera "poeira baixar" e segura membros após turbulência

Landim e Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes em junho - Igor Siqueira/UOL Esporte
Landim e Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes em junho Imagem: Igor Siqueira/UOL Esporte

Colunista do UOL

12/08/2021 11h40

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A nova Liga de clubes passa pela sua primeira turbulência desde a criação e aguarda a "poeira baixar" para marcar novos encontros e realizar avanços. Foi o que ouviu o blog conversando com diferentes dirigentes que estão envolvidos no grupo que tenta diminuir o poder da CBF no futebol brasileiro. O lado positivo para os que são a favor da ideia é que não houve desertores.

Todos admitem que o grupo passou por duas grandes turbulências nos últimos tempos. A primeira foi em um encontro entre eles quando o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, chegou a dizer que daria um tapa na cara do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, caso o encontro fosse presencial. O cerne da discussão era o processo de decisões para o futuro da Liga e quem teria o poder.

Desde o começo, a questão sobre quem assumiria o controle do grupo de 40 clubes foi delicada. Não à toa, logo que surgiu, o grupo evitou falar quem estava no comando, apesar de alguns cartolas serem apontados naturalmente como os que mais participavam das decisões.

Outro golpe no grupo foi o processo de intervenção na CBF que tinha por objetivo dar o comando provisoriamente da entidade ao presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e ao mandatário da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos. A ação foi movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas causou desconforto também em alguns clubes.

Posteriormente a esse episódio, Flamengo e Atlético-MG ainda entraram na Justiça em busca de público no Campeonato Brasileiro. Essa questão foi citada como menos importante na crise pelos ouvidos pelo blog, mas também teve seu papel na turbulência, uma vez que as duas equipes atuaram de forma individual contra um combinado firmado entre os 20 clubes da Série A.

No começo do torneio, todos haviam combinado que os portões só seriam abertos quando todas as equipes tivessem a mesma condição.

Agora, enquanto espera a poeira baixar, como disseram vários dirigentes, os mais influentes na Liga comemoram que nenhum clube decidiu abandonar o grupo até o momento e apostam em uma nova reunião em breve para manter o avanço. Todos admitem, no entanto, que houve um estremecimento como já mostrou o UOL.

Dirigentes ligados à CBF também foram ouvidos pelo blog e afirmaram que entendem que, apesar da crise, a Liga já é algo que não terá mais como parar, ainda que, eventualmente, times resolvam deixar o grupo. O objetivo desses cartolas é deixar a entidade o máximo possível envolvida nos próximos passos.

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