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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Além do físico, Palmeiras tem desafio de controle mental contra o São Paulo

Abel Ferreira, durante partida do Palmeiras contra o Defensa y Justicia, pela Supercopa - ANDERSON PAPEL/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Abel Ferreira, durante partida do Palmeiras contra o Defensa y Justicia, pela Supercopa Imagem: ANDERSON PAPEL/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

16/04/2021 04h00

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É bem óbvio para qualquer um que o calendário da pandemia tem feito os times enfrentarem maratonas, especialmente quando uma equipe como o Palmeiras avança para todas as finais que poderia. Mas o jogo de hoje (16) contra o São Paulo é um marco importante para outro tipo de teste que não o físico, mas o mental.

A oscilação de desempenho é algo que tem chamado a atenção na equipe paulista no início dessa temporada e muitos apontam para o controle mental como chave. Com os reservas, fez bons jogos no Paulistão. Com os titulares, foi muito mal nas duas partidas diante do Defensa y Justicia, pela Recopa Sul-Americana, mas jogou muito bem diante do Flamengo, na Supercopa do Brasil.

No jogo da competição internacional, foi nítido que alguns jogadores estavam nervosos além da conta, o que só piorou com a péssima atuação da arbitragem. O descontrole passou também pelo banco de reservas, com Abel Ferreira e seus auxiliares e até mesmo o gerente de futebol, Cícero Souza, tomando cartão.

As atuações do português à beira do gramado têm chamado atenção. Mesmo com os erros claros de arbitragem no caso da Recopa ou em erros menos vistosos como na Supercopa, não cabe a um comandante reagir de uma maneira destemperada, "rangendo os dentes" como descrevem algumas pessoas que já viveram o dia a dia com ele.

Diante do São Paulo, o time terá um desafio interessante diante de um time que cresceu de produção nas últimas partidas e que conseguiu descansar seus principais jogadores na quarta-feira. Abel sabe o peso que tem esse clássico para a sequência complicada que tem pela frente, com a estreia na Libertadores na quarta-feira que vem.

O português tem créditos pelas conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil, mas ele já percebeu que a cobrança no Brasil será sempre como se apenas um time fosse obrigado a ser campeão de todas as competições e tivesse a obrigação de vencer todos os clássicos. E isso só aumenta o peso do jogo contra o São Paulo após os dois vices em quatro dias.