Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Caso Luiz Adriano prova que só bolha resolve e pode ser pesadelo para FPF

O caso de Luiz Adriano infectado com covid-19 pela segunda vez é mais uma evidência que só uma bolha de verdade é eficiente para que um campeonato continue com o mínimo de risco possível. O jogador testou positivo para a doença no último dia 1º de abril e, mesmo assim, saiu de casa para ir ao supermercado com a sua mãe.
Em uma pandemia como essa, é impossível ter certeza que os atletas cumpram as recomendações médicas e, com isso, é impossível saber se eles não vão colocar em risco os seus colegas de time, os funcionários do clube, os rivais e todas as outras centenas de pessoas que são mobilizadas para que uma partida seja disputada.
E aqui nem vou entrar na irresponsabilidade que o jogador comete com as pessoas que são próximas a ele e com as pessoas que estavam no supermercado e em outros lugares onde Luiz Adriano esteve.
O melhor exemplo que tivemos até hoje no mundo dos esportes é a NBA, com uma eficiente bolha onde as pessoas ficavam concentradas dentro de um resort, com controles rígidos de entrada e saída e testes a todo momento. No modelo atual, além de os atletas já terem dado provas que não respeitam o isolamento, há aqueles funcionários de todos os departamentos que passam hora no transporte público e também correm risco.
O exemplo de Luiz Adriano ainda é um pesadelo para a Federação Paulista de Futebol. Enquanto os campeonatos pelo Brasil conseguem a autorização dos respectivos governos locais para voltarem, o Estadual de São Paulo ainda aguarda aval do Ministério Público e do Governo.
A segunda infecção do atacante palmeirense é um exemplo claro para que as autoridades mantenham a régua de exigência lá no alto contra a doença. Para piorar, os números de vítimas estão longe de apresentar queda consistente em São Paulo, item obrigatório para que a bola volte a rolar no principal estadual do país.