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Danilo Lavieri

Individualidade de Veron esconde falta de jogo coletivo no Palmeiras

Colunista do UOL

06/09/2020 13h11

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Tudo se encaminhava para mais um domingo de pouco futebol e muita reclamação do torcedor palmeirense. Empatando até aos 49 minutos do 2º tempo, o Alviverde viu Gabriel Veron sair do banco e fazer a diferença. Primeiro, com gol de cabeça segundos depois de entrar em campo e, depois, com assistência para Willian depois de arrancada pela esquerda que garantiu a vitória por 2 a 1 contra o Red Bull Bragantino.

A individualidade do garoto foi o destaque em mais uma partida em que o coletivo do Palmeiras funcionou pouco. Enquanto comemoram a invencibilidade, os defensores de Luxemburgo parecem fechar os olhos para o péssimo nível de atuação. Falta triangulação, falta passagem pelas laterais, transição da defesa para o meio, jogadas ensaiadas...

No terço final da partida, Vanderlei Luxemburgo mexeu e melhorou o time. E isso é bastante óbvio: poucos times do país têm no banco opções como Gabriel Verón, Gustavo Scarpa, Ramires, Bruno Henrique e Willian Bigode.

Assim como Dudu salvou o Palmeiras em outros momentos que faltou jogo coletivo, agora, foi a vez de o garoto ser o nome da salvação. E não vai ser nenhuma novidade se essa for a tônica do time daqui para frente.

Neste domingo, o treinador montou mais uma escalação diferente, dando chance a Wesley ao lado de Luiz Adriano, em um meio-campo sem a presença de Bruno Henrique. E mais uma vez não deu certo. Não por falta de vontade, porque os atletas não pararam de correr nenhum momento mesmo com os 30ºC. A impressão é que falta treino, que falta pensamento coletivo, falta coordenação para que a bola chegue no ataque em condições de ser finalizada.

Fato é que o resultado dá ao Alviverde mais calma para poder enfrentar o Corinthians na quinta-feira. A direção sabe que o futebol apresentado pelo time de Luxemburgo não é o ideal, mas a tentativa da vez é dar tempo ao comandante para que ele consiga uma reação.