Em tempo de pandemia, Comitê Paralímpico faz golaço pela inclusão
Resumo da notícia
- Qual o melhor legado podemos deixar? Não é só sobre esporte paralímpico é sobre o bem social e a busca por mais direitos das pessoas com deficiência.
Na semana passada, eu falei muito sobre a importância do esporte para o desenvolvimento social. Hoje, quero continuar neste assunto, mas quero falar especificamente sobre o esporte paralímpico.
Nós sabemos que o movimento paralímpico é uma ferramenta fortíssima para a inclusão das pessoas. O poder do ídolo, a visibilidade dos esportes, as conquistas, as histórias de vida e muito mais... Todos esses elementos podem influenciar a vida das pessoas com e sem deficiência.
Sem tratar a coisa como superação nem só como alto rendimento. É usar a credibilidade do esporte em prol do bem social e em busca de melhorar os direitos das pessoas com deficiência.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem lançado ações que priorizam a inclusão e a acessibilidade das pessoas em geral, não só daquelas que querem ser atletas. Conforme me explicou Alberto Martins, diretor-técnico da instituição, essa é uma marca significativa dessa gestão.
A plataforma Movimente-se, implantada pelo CPB durante a pandemia, é um dos exemplos. As aulas online e gratuitas são consideradas um sucesso por Alberto. A plataforma já atingiu quase 230 mil acessos. "Esse é um dos pilares dessa gestão. Estamos pensando em inclusão das pessoas com deficiência em todas as suas vertentes", afirma o diretor.
E não para por aí. Depois desta experiência, o CPB adianta que a plataforma também irá disponibilizar ações de capacitação, educação e auxílio às pessoas com deficiência, visando também ajudar esse público, por exemplo, se preparar para o mercado de trabalho.
Pensar no bem social e fazer o bem social não é só moda, faz parte de um olhar mundial voltado para o real valor das instituições e das pessoas. Utilizar a credibilidade e reputação organizacional ou pessoal em prol do outro é algo que deve se tornar corriqueiro.
Na realidade, uma instituição que desenvolve uma ação como essa está agregando valor a si mesma. Quem saí ganhando mais nisso tudo? As pessoas. As do CPB, as da sociedade em geral, as pessoas com deficiência... E por aí vai... Priorizar a inclusão é priorizar muitas pessoas.
Se a gente for pensar, no Brasil temos cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Se considerarmos as pessoas ligadas a elas o número mais que dobra.
Uma ação dessa ou outras que têm em primeiro lugar o bem-estar das pessoas em plena pandemia, não tem como quantificar. Não tem preço.
Manter pessoas com deficiência ativas é importante neste momento, ainda mais quando elas já têm uma limitação e dificuldade para sair de casa.
Agora, elas não podem sair mesmo. A prática de exercício físico é imprescindível não só para movimentar o corpo, mas a mente também. Comitê fez um Golaçoooooooooo!
Tenho certeza de que o verdadeiro sentido do esporte paralímpico, pensado e lançado exatamente há 72 anos, em 1948, pelo senhor senhor Ludwig Guttmann, tem se reinventado a cada dia.
E nós, atletas de alto rendimento do Brasil temos muito orgulho de ver a nossa entidade maior pensar em um modelo amplo de gestão — antes de sermos atletas ou de nos envolvermos com o esporte, somos pessoas com deficiência. E como nem todos os deficientes querem ser atletas, vamos ajudar que eles sejam, em primeiro lugar, cidadãos respeitados e que tenham oportunidades iguais para se destacarem como tal. Nunca é só sobre o esporte! É sobre muito mais do que isso!
Boa quinta-feira e abraços aquáticos para todos!
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