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Opinião

Defesa de Melhem rebate 'uso de bot' e fala em 'direito de defesa' em nota

A defesa de Marcius Melhem respondeu ao texto da colunista Milly Lacombe publicado hoje com o título "Em nova reviravolta, caso Melhem mostra como a Justiça silencia mulheres". Leia abaixo:

"A respeito da coluna publicada em 30 de julho de 2025 sob o título "Em nova reviravolta, caso Melhem mostra como a Justiça silencia mulheres", assinada por Milly Lacombe, a defesa de Marcius Melhem vem a público esclarecer:

É estarrecedor constatar que, sob o pretexto de defender uma causa, a colunista se sinta autorizada a propagar desinformação, inverdades e desrespeitar princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito, como o devido processo legal e a presunção de inocência.

Ao afirmar que "a Justiça ameaça encerrar tudo sem sequer escutar as mulheres", a colunista propaga uma inverdade: a Justiça ouviu as acusadoras por duas vezes! Uma das vezes, inclusive, foi a que ensejou a perícia técnica do MP que demonstrou "combinacão de discurso e comportamento" - algo que a colunista convenientemente omite. Além disso, a Justiça analisa os autos, os documentos, as provas e os testemunhos. É justamente esse o papel do Poder Judiciário: decidir com base em provas, e não sob pressão midiática.

Causa perplexidade que a colunista ataque um cidadão por exercer o seu legítimo direito de defesa, inclusive nas redes sociais, diante de uma campanha pública de linchamento que já se estende por mais de três anos. Linchamento este que se vale de reportagens enviesadas, colunistas que desinformam, postagens de ONGs com vínculos com advogadas das supostas vítimas e acusações comprovadamente falsas.

Não é verdade que Marcius Melhem tem "medo" da Justiça, como insinua a colunista. Ao contrário: foi a própria defesa de Melhem quem judicializou o caso e, por diversas vezes, requereu celeridade no julgamento e o enfrentamento dos fatos. O que se busca é um processo justo, imparcial, livre de pressões externas ou narrativas que desprezem o contraditório.

Também é falso que Melhem tenha lançado vídeos para "atacar mulheres". O conteúdo veiculado em seu canal - como atestado por perícia do MP - é uma reação legítima a publicações que o condenam publicamente antes do julgamento, como é o caso da postagem da ONG ThinkOlga, que já o retrata como assediador e aponta o processo como um "marco", antes mesmo de qualquer sentença. Exercer o direito de resposta, com veemência e indignação, não é violência simbólica; é cidadania.

Por fim, é profundamente grave e passível de consequências jurídicas associar Melhem ao uso de "bots" para "descredibilizar as vítimas nas redes sociais". A própria pesquisa mencionada pela colunista diz, literalmente, o oposto disso: "não encontramos textos idênticos replicados em massa com indícios de automação". A tentativa de construir uma narrativa de manipulação tecnológica é tão absurda quanto irresponsável.

A Justiça não silencia ninguém. O que ameaça a democracia é a tentativa de intimidar direitos fundamentais, descredibilizar decisões judiciais legítimas e transformar opinião em condenação. Marcius Melhem não cometeu crimes. E continuará se defendendo, com provas, nos tribunais e no espaço público, sem jamais abrir mão do respeito à lei e à verdade.

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Oliveira Lima & Dall'Acqua Advogados e Técio Lins e Silva, Letícia Lins e Silva & Advogados Associados."

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