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Gustavo Fogaça: "Underdogs" europeus que valem a pena acompanhar

Richarlison que atua pelo Everton no futebol inglês - Oli Scarff/AFP
Richarlison que atua pelo Everton no futebol inglês Imagem: Oli Scarff/AFP
Gustavo Fogaça

22/08/2019 12h00

Começou a temporada europeia das grandes ligas e geralmente apontamos nossos olhos para os times mais importantes, como Barcelona, PSG, Liverpool ou Juventus. Mas há muita coisa interessante acontecendo em equipes menores e que prometem uma belíssima temporada de bom futebol no Velho Continente.

Na Premier League, algumas equipes deverão brilhar na temporada fora do chamado "Big Six". O Everton, por exemplo, investiu e quer incomodar os grandes. O técnico português Marco Silva começou a temporada e tem a seu dispor caras como André Gomes, Richarlison, Fabian Delph e a joia italiana Moise Kean. Com 19 anos, já marcou seis gols pela seleção italiana (sub-19, sub-20 e principal).

Quem deve estar feliz da vida é Sir Elton John. Seu Watford - clube de que já foi proprietário - cresce a cada temporada na mão da família Pozzo, e trouxe nomes interessantes para esta temporada: Danny Welbeck, Craig Dawson, o jovem brasileiro João Pedro (ex Fluminense) e o ídolo senegalês Ismaila Sarr, maior contratação da história dos Hornets.

E apesar das duas derrotas nas primeiras rodadas, algo que não acontecia desde a sua volta da segunda divisão na temporada 2012/13, o Southampton também é um time interessante a ser seguido. Historicamente, é uma equipe que gosta de tirar pontos dos grandes em casa. E esta temporada, o técnico austríaco Ralph Hasenhüttl tende a colher frutos do trabalho realizado.

Com a chegada de caras como Danny Ings e Moussa Djenepo, o "Klopp dos Alpes" poderá conseguir melhores resultados para os Saints com seu futebol organizado e de muita pegada e transições rápidas.

Do outro lado do Canal da Mancha, a Ligue 1 francesa já começou surpreendendo. Se o Lyon de Sylvinho já surge como forte candidato ao título, o Paris Saint Germain vive uma pequena crise técnica, fruto do imbróglio Neymar.

A derrota para o Rennes na segunda rodada mostrou um PSG organizado taticamente, mas carente de soluções técnicas individuais. E também apresentou ao mundo o jovem angolano Camavinga, de apenas 16 anos e que levou o Rennes a uma virada histórica contra o time de Thomas Tuchel.

O técnico Julien Stephen perdeu jogadores importantes da temporada passada, mas deseja manter o Rennes na vitrine e disputando vaga para competições europeias. A chegada do goleiro Mandy, do meia Tait e a contratação final do atacante senegalês Niang, dá ao time bretão muita esperança no campeonato.

Outro time que vale a pena acompanhar é o Saint Etienne de Ghislain Printant. Os Verts já foram os patrões do futebol francês, e buscam voltar ao topo. Whabi Khazri já teve uma excelente temporada passada, e agora com a chegada do argelino Ryad Boudebouz, pode oferecer dinâmicas ofensivas mais interessantes ainda. A Champions é o limite!

O futebol jogado nas grandes ligas europeias sempre é atraente, não apenas pelos nomes, mas principalmente por termos times bem treinados, organizados e com boas ideias de jogo. Na próxima semana, vamos dar uma olhada nos "underdogs" interessantes da Espanha e da Itália. Aguardo vocês!

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