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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Simples e efetivo, Corinthians está na final. E se decidir em Itaquera...

Mosquito e Renato Augusto comemoram gol do Corinthians sobre o Fluminense na Copa do Brasil - SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Mosquito e Renato Augusto comemoram gol do Corinthians sobre o Fluminense na Copa do Brasil Imagem: SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL Esporte

15/09/2022 22h30

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3 a 0 ficou um placar dilatado demais para o que foi a partida e o confronto.

Na Neo Química Arena, um jogaço melhor que no Maracanã, mas com um Corinthians intenso e bem planejado. Vitor Pereira armou um 4-2-3-1, dando liberdade a Renato Augusto, adiantando e pressionando a marcação para tirar a bola do Fluminense.

Estratégia correta, principalmente, por sufocar Paulo Henrique Ganso e a "toqueira" da equipe de Fernando Diniz, incomodando a saída de bola, forçando Fábio a fazer a ligação direta para Gérman Cano lutar pelo alto com os gigantes Gil e Balbuena.

Assim abriu o placar, fazendo a bola voltar rápido do chutão de Fábio, que ficou mal posicionado. Roger Guedes ajeitou e Renato Augusto, recebendo às costas de Wellington, acertou sua habitual "chapada".

Vantagem que empurrou o time carioca para o campo adversário, tentando criar superioridade numérica, aproximando os pontas Jhon Arias e Matheus Martins. Justamente os que finalizaram com perigo na primeira etapa, porém pouco efetivo.

No segundo tempo, melhora do Flu com a entrada de Nathan na vaga de Wellington. Arias cobrou falta no travessão. Aos poucos, porém, a coragem de Diniz nas substituições foram desorganizando o time. Michel Araújo e Nathan nas laterais, Nino e Felipe Melo na zaga, Martinelli como único volante, Ganso sozinho na articulação e Marrony, Cano, Willian Bigode e Arias na frente.

Vitor Pereira foi mais simples. Trocou o trio atrás de Yuri Alberto: Adson na vaga de Mosquito, Giuliano no lugar de Renato Augusto e Mateus Vital substituindo Roger Guedes. Mais gás para auxiliar a linha de quatro atrás, protegida por Du Queiroz e Fausto Vera. No total, 35 desarmes contra 12. André, suspenso, fez muita falta ao Flu.

Jogada bem trabalhada, trocando passes por mais de um minuto, até a assistência de Adson e gol de Giuliano. No ataque final, outra infiltração pela direita, passe de Adson e gol contra de Felipe Melo, para delírio da Fiel, que apoiou o tempo todo e entendeu o contexto do jogo. Fundamental, mais uma vez.

No saldo final, 63% de posse do Flu e 13 finalizações contra 16, quatro a seis no alvo. Equilíbrio nas ações, desafogo no final e um placar que dá moral ao Corinthians para a decisão contra o Flamengo. O sorteio do mando de campo na terça-feira, dia 20, será decisivo.

Se o jogo final for em Itaquera, no dia 19 de outubro, a casa corintiana pode pesar de novo. Ainda mais valendo taça.

(Estatísticas: SofaScore)