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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Neymar e Messi fora dos 30 da Bola de Ouro: justo e bom desafio para Copa

Messi e Neymar em ação no amistoso do PSG contra o Urawa Reds - Koji Watanabe/Getty Images
Messi e Neymar em ação no amistoso do PSG contra o Urawa Reds Imagem: Koji Watanabe/Getty Images

13/08/2022 08h57

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Não acontecia com Lionel Messi desde 2005, o maior vencedor com sete premiações oficiais. Neymar Jr. foi terceiro colocado em 2015 e 2017.

Ambos ficaram fora dos 30 indicados pela "France Football" ao tradicional prêmio Bola de Ouro, que carrega mais credibilidade que o "The Best" da FIFA, mais midiático e político, com muitos treinadores e capitães de seleções fazendo média com os amigos.

Justo, considerando a temporada 2021/22 do PSG. O desempenho em seleção tem mais peso em ano de Copa do Mundo. A equipe francesa venceu a Ligue 1, porém perdeu a copa nacional e foi eliminada da Liga dos Campeões nas oitavas de final pelo Real Madrid. De Karim Benzema, o grande favorito a levar a Bola de Ouro desta vez.

Messi marcou apenas 11 gols e serviu 14 assistências em 34 jogos. Neymar foi às redes apenas 13 vezes, com míseros seis passes para gols em 28 partidas.

Muito pouco para dois dos cinco mais talentosos do século 21. A frustação, porém, pode servir como um bom combustível para a Copa do Mundo que se aproxima. Um desafio a mais no Catar, para que o protagonismo se transforme em rendimento consistente e o tão sonhado título mundial.

Até porque será o que de mais importante farão até dezembro. Liderança na liga francesa e primeiro lugar no grupo da Liga dos Campeões, mesmo que "da morte", não são credenciais fortes para dois currículos tão pesados.

Messi parece mais sintonizado com seus companheiros de seleção, especialmente Lautaro Martínez e Di María, os parceiros de ataque do 4-3-3 habitual de Lionel Scaloni. No Brasil, a tendência é Neymar jogar livre, por trás de um centroavante móvel, como Gabriel Jesus ou Richarlison, ou alternar com Paquetá por dentro e Vinicius Júnior entrar aberto pela esquerda num 4-2-3-1.

Brasil e Argentina estão na lista de candidatos ao título, junto com França, Alemanha, Inglaterra, Bélgica e Espanha. Entre Neymar e Messi, quem erguer a taça terá a certeza de fazer história, entrar de vez na galeria de lendas de seu país e também da redenção de uma pífia temporada 2021/22 para o alto padrão de dois craques geniais.