Inter atropela em um tempo o Galo com cabeça na quarta ou já desmobilizado?

O golaço de Maurício, o meia por trás da dupla Alemão e Wanderson, logo aos sete minutos esquentou o Beira-Rio e deixou o Internacional de Mano Menezes, representado à beira do campo pelo auxiliar Sidnei Lobo, confortável para atrair o Galo e deitar e rolar sobre o adversário que teve uma semana para trabalhar para a estreia de Cuca e foi uma lástima, especialmente na transição defensiva.

Espaços para Edenilson pela direita servir Wanderson no segundo gol e Mauricio novamente encontrar campo livre para progredir e concluir com precisão. Três finalizações no alvo de quatro no total, 3 a 0.

Cuca tentou resgatar a formação base do ano passado, inserindo Ademir à direita, justamente para acelerar pela ponta. Teve posse e até algum espaço no primeiro tempo, mais ainda na etapa final de administração colorada no próprio campo. Nos números finais, 69% de posse dos visitantes e 21 finalizações, porém apenas cinco na direção da meta de Daniel, que pegou todas e foi um dos destaques.

Mas o Atlético, na essência, foi frouxo e pareceu desmobilizado. Ainda perdeu Guilherme Arana, por lesão, virando dúvida para o primeiro duelo na quarta contra o Palmeiras, no Mineirão pela Libertadores. A grande dúvida é se a cabeça estava no torneio continental, na prática a grande chance de título relevante na temporada, justamente a taça que faltou em 2021. Hipótese mais provável.

Ou, no pior cenário, nem a volta de Cuca, ou justamente o retorno do treinador que virou as costas para o clube depois das conquistas, tenha desconectado de vez o time, sem chance de volta ao alto nível de competição até o final do ano. A melhor resposta virá daqui a três dias.

O Inter nada tem a ver com isso, segue no G-6, ultrapassando o próprio Galo, e celebra o triunfo antes de mirar a Sul-Americana, saindo para encarar o peruano Melgar na ida das quartas. Ficou ainda mais favorito depois de atropelar em 45 minutos o atual campeão brasileiro.

(Estatísticas: SofaScore)