Começou o Projeto Copa do Mundo de Neymar?

Gostem ou não, o horizonte até novembro de todas as estrelas do Paris Saint-Germain, se não trocarem de time para a próxima temporada, é de competições dentro da própria França, fase de grupos da Liga dos Campeões e amistosos em suas seleções.

Pouco, mas é o que resta. E parece que Neymar está disposto a encarar da melhor forma possível este processo, com o ponto de interrogação natural de como lidará com as férias no meio do ano e, principalmente, em que forma física vai voltar para o início da temporada 2022/23. Algo relevante para um jogador que chega aos 30 anos.

Por ora, vale o destaque para a grande atuação do camisa dez nos 2 a 1 sobre o Olympique de Marselha, que praticamente garante mais um protocolar título da Ligue 1 ao abrir 15 pontos sobre o time de Jorge Sampaoli e Gerson, faltando seis jogos. Pode, inclusive, ser resolvido matematicamente na próxima rodada.

Neymar desequilibrou com belo gol, participação direta no pênalti que definiu a vitória na cobrança de Mbappé e outras boas jogadas, além da movimentação intensa. O talento de craque aliado ao interesse que claramente ultrapassa os limites franceses. Chega a onze gols na liga, mais quatro assistências. Parece pouco comparado com os 21 de Mbappé, porém muito acima dos três de Lionel Messi que, por outro lado, tem 13 passes para gol.

Mas o que importa agora é o que acontecerá no final do ano. E Neymar parece focado no Catar. A última chance de um protagonismo mundial, como principal estrela da seleção brasileira. É claro que 34 é uma idade viável para jogar outra Copa, mas para quem diz pensar em jogar nos Estados Unidos pelo período mais longo de férias, melhor se concentrar no curto prazo em altíssimo nível.

É possível em um time ajustado como o que Tite pretende colocar em campo no final do ano. Obviamente, não há e nem haverá parâmetros mais confiáveis de avaliação do potencial de Neymar pensando na reta final do Mundial. Talvez um grupo forte na próxima Champions, mas é bem diferente do mata-mata.

Mas quem sabe o "fator surpresa" não vira aliado? Importante agora é projetar o objetivo coletivo que a (ainda) grande individualidade brasileira pode alcançar.

Será mesmo que começou o Projeto Copa do Mundo de Neymar?