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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Liga Europa é a penúltima etapa do fundo do poço do Barcelona

Jorge Jesus e Xavi, técnicos de Benfica e Barcelona, durante partida da Liga dos Campeões 2021-22 - REUTERS/Nacho Doce
Jorge Jesus e Xavi, técnicos de Benfica e Barcelona, durante partida da Liga dos Campeões 2021-22 Imagem: REUTERS/Nacho Doce

Colunista do UOL Esporte

08/12/2021 18h47

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A chegada à última rodada do Grupo G com a sensação de que seria quase impossível a classificação para as oitavas de final já é um sinal dos tempos do Barcelona.

Por isso a derrota por 3 a 0 para o Bayern em Munique que decretou a eliminação, com a vaga ficando para o Benfica, foi tratada como algo até lógico. Restou a Liga Europa por conta da terceira colocação. E sem favoritismo ao titulo do time catalão. Longe disso.

Não adianta trazer Xavi Hernández para o lugar de Ronald Koeman, muito menos a "repatriação" de Daniel Alves. Aliás, o ideal seria até deixar de lado a cultura de jogo do clube e buscar um estilo mais competitivo, adequado à realidade financeira e, consequentemente, ao nível do elenco.

Buscar protagonismo pela posse sem qualidade e poder de fogo é convidar os rivais a vencerem nos contragolpes. Na Champions, o time não conseguiu marcar contra Bayern e Benfica e cedeu espaços generosos bem aproveitados pelos principais concorrentes.

Piqué, Alba e Busquets adicionam experiência e a lembrança de tempos vencedores, porém diminuem a capacidade de competir. Philippe Coutinho e Dembelé não são regulares para assumir minimamente a bronca da enorme ausência de Messi. O que sobra é o esforço de Ter Stegen, Frenkie De Jong e agora Memphis Depay, mais a busca de evolução dos jovens vindos da base. É muito pouco.

Não por acaso, o time se encontra fora da zona de classificação da próxima Liga Europa no Espanhol. Apenas a sétima colocação, quatro pontos atrás do Rayo Vallecano e um jogo a menos. Da zona de Champions são seis pontos atrás do Atlético de Madri, quarto colocado.

Se ficar de fora de todos os torneios continentais, será a última etapa do fundo do poço. Inimaginável, mesmo considerando a grave crise financeira gerada pela gestão irresponsável e perdulária. E a tendência é o buraco ficar cada vez mais largo, tragando tudo em volta na Catalunha.