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Keno deixa Galo ainda mais forte pela esquerda. Como montar o time ideal?
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Keno foi fundamental para a virada do Atlético Mineiro sobre o Cuiabá por 2 a 1 no Mineirão que praticamente define o segundo título brasileiro do clube.
O gol contra de Nathan Silva, em nova falha do bom zagueiro em jogo decisivo, mais o vacilo do goleiro Everson ao não interceptar a bola, antes dos dois minutos de jogo, precisava de uma resposta rápida para não transformar o estádio cheio em mais um elemento de pressão sobre a equipe de Cuca.
Coube ao ponteiro pela esquerda do 4-2-3-1 atleticano criar a jogada que terminou na conclusão de Hulk. 11º gol de um dos artilheiros do campeonato, ao lado de Yuri Alberto (Internacional) e Gilberto (Bahia). Dois minutos depois do gol sofrido.
O 1 a 1 ficou melhor que o empate sem gols para criar uma atmosfera positiva. Afinal, o "ferrolho" de Jorginho que parou Palmeiras e Flamengo já havia sido vazado. O gol da virada saiu em momento importante também, no final do primeiro tempo. Para desmontar o adversário e se encher de confiança e serenidade na saída para o intervalo.
Nova jogada pela esquerda, cruzamento de Guilherme Arana e gol de cabeça de Jair. Para reforçar a impressão de que o setor se fortaleceu ainda mais ofensivamente. Keno e Arana alternam nos ataques, um aberto, outro por dentro. Com o apoio de Nacho Fernández, as ações ofensivas ganham ainda mais fluidez.
É claro que o lado direito perde um pouco de profundidade com Guga e sem Mariano. Até porque Zaracho, o meia aberto por ali, circula um pouco mais e ajuda Nacho na articulação e os volantes Allan e Jair no trabalho defensivo.
Mais importante é a maturidade da equipe, apesar de uma certa afobação até virar o placar - foram 20 cruzamentos no primeiro tempo, apenas cinco na segunda etapa de maior controle e administração da vantagem.
Para abrir 11 pontos sobre o Fortaleza, atual segundo colocado na tabela. Treze sobre o Flamengo, ainda o principal concorrente, pelos dois jogos a menos e o confronto direto no próximo sábado, no Maracanã. Parece claro, porém, que o atual bicampeão está mais focado nas copas, até pelo perfil do treinador Renato Gaúcho.
Já o Palmeiras, caso vença o Sport em casa no encerramento da rodada, chegaria aos 49 e também teria um confronto direto no Allianz Parque. Mas o algoz do Atlético na Libertadores, apesar da reação nas últimas partidas, prioriza nitidamente a final da Libertadores.
O Galo não tem nada com isso. Deve ratificar, com time misto, a classificação para a decisão do mata-mata nacional em Fortaleza, após enfiar implacáveis 4 a 0 na ida sobre o time de Vojvoda. Depois é administrar, como vem fazendo ao pontuar na maioria absoluta das rodadas, para confirmar a conquista que não vem desde 1971.
Cuca trata cada partida como final, repetindo a postura de 2016 com o Palmeiras, e não deve vacilar. Ter elenco é fundamental e pensar em time ideal, com convocações, lesões e suspensões, é uma utopia.
Mas não deixa de ser instigante tentar imaginar uma formação que encaixe Keno, mas também Diego Costa no quarteto ofensivo. O centroavante, que chegou há pouco e ainda sofreu lesão muscular, vem aceitando a reserva com tranquilidade. Mas é uma contratação pesada demais para ficar no banco.
A hipótese mais viável seria a manutenção do sistema tático, mas com Zaracho recuando como um dos meio-campistas centrais, na vaga de Allan ou Jair, e Hulk ser deslocado para o lado direito. Ou um 4-4-2 com Nacho e Keno pelos flancos e Hulk mantido na frente, formando dupla com Diego Costa.
Uma boa possibilidade para jogos em que o contexto seja de ataque x defesa contra equipes mais frágeis, especialmente no Mineirão. Mais uma opção no cardápio de Cuca. Para consolidar uma temporada histórica, que pode terminar com dois bicampeonatos e o domínio nacional.
Forte pela esquerda, com Arana e Keno como os "atalhos" para os gols que descomplicam jogos e decidem, ou encaminham títulos.
(Estatísticas: SofaScore)
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