Topo

André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Talentosa e mais competitiva, França vence Liga e é favorita ao bi mundial

Kylian Mbappe comemora gol da França na final da Liga das Nações contra a Espanha - REUTERS/Miguel Medina
Kylian Mbappe comemora gol da França na final da Liga das Nações contra a Espanha Imagem: REUTERS/Miguel Medina

Colunista do UOL Esporte

10/10/2021 18h15

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Depois da campanha mais que decepcionante na Eurocopa, caindo para a Suíça, a França se repaginou para a fase final da Liga das Nações.

Na parte tática, reorganizada no sistema com três zagueiros, dando liberdade para os alas Pavard e Theo Hernández. Também renovando, diminuindo a média de idade com a entrada do jovem Tchouaméni, do Monaco, no meio-campo ao lado de Paul Pogba.

O talento segue intacto, especialmente do quarteto Pogba, Griezmann, Mbappé e o melhor encaixe de Benzema no ataque. O trio desequilibrante do título de 2018 ganhou um elemento para subir o patamar.

A intensidade e a capacidade competitiva é que era uma grande incógnita, depois das oscilações, com momentos inacreditáveis de preguiça na Euro. Mas as viradas espetaculares do Final Four, sobre Bélgica (3 a 2) e Espanha (2 a 1), mostraram uma seleção francesa que nunca arrefeceu a sede de vitórias.

Nem poderia, com tanta qualidade e a moral do título mundial. E isso faz diferença com o enorme equilíbrio em alto nível na Europa. Com os quatro envolvidos, incluindo a Itália campeã continental. Mais Inglaterra, Alemanha, Portugal, talvez Holanda...

Mas a França parece pouco acima. Porque quando coloca mais intensidade e concentração defensiva em disputas eliminatórias, pode tirar da cartola um passe estiloso de Pogba, um toque de classe de Griezmann, a explosão de Mbappé e a categoria na finalização de Benzema. Como no golaço que empatou a final no San Siro.

Andou se enrolando nas eliminatórias, empatando recentemente com Bósnia e Ucrânia. Mas nos jogos grandes, mesmo saindo atrás no placar, teve paciência e força mental para se recuperar e vencer.

Não é pouco. Recupera protagonismo e o favoritismo para, no no que vem, tentar o bicampeonato que só aconteceu nos anos 1930, com a Itália de Vittorio Pozzo, e com o Brasil em 1958 e 1962.

A boa notícia para os franceses é que a conquista em outubro sinaliza que o Mundial no Catar em novembro, com os europeus chegando à metade da temporada, pode encontrar "Les Bleus" mais inteiros para imporem a superioridade técnica que o planeta conhece, mas não andava confiando muito pelo ar blasé.

Empáfia que passou longe contra Bélgica e Espanha em viradas espetaculares que renderam o título inédito e resgatam a moral da melhor seleção do mundo.