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André Rocha

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

PSG está na semifinal, mas foi "arame liso" e flertou com o perigo

Mbappé em ação com a camisa do PSG na Liga dos Campeões - FRANCK FIFE/AFP
Mbappé em ação com a camisa do PSG na Liga dos Campeões Imagem: FRANCK FIFE/AFP

Colunista do UOL Esporte

13/04/2021 18h27

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O Bayern fez o que pôde em Paris. Desfalcado, longe da ótima fase técnica e tática da perfeita reta final da temporada 2019/20. E foi difícil entender a saída de Choupo-Moting, autor do gol da vitória por 1 a 0 e que marcou outro em Munique. Se era para despejar bolas na área no final, por que não juntar Javi Martínez ao atacante camaronês tirando um jogador mais baixo?

Difícil também compreender a razão de manter Sané fixo na direita e Coman no lado oposto, sem ao menos uma inversão para aproveitar o pé "bom" e o cruzamento do fundo dos ponteiros. Com Muller mais adiantado, o 4-2-4 ficou estático e previsível muitas vezes. E a ausência de Lewandowski foi letal, no geral.

Mas o Paris Saint-Germain só sofreu porque abusou do direito de desperdiçar contragolpes. Até porque o trabalho para sair da pressão pós-perda do time bávaro era inteligente e até brilhante quando a bola passava por Di María e Neymar.

Só que o brasileiro teve cinco chances claras de ir às redes, mas o aproveitamento foi pífio. Três nas traves. Mbappé foi mais vítima da tática de impedimento do Bayern e de passes precipitados dos companheiros, entrando em condição ilegal. Ainda assim, serviu Neymar duas vezes.

Em jogos desse tamanho, não pode errar tanto. Ou pode, mas sofrendo. Classificando no limite, no gol "qualificado". Mérito da eficiência absurda na Alemanha, em triunfo histórico. Mandando para casa um timaço muito bem treinado. Que mesmo despedaçado e sem banco conseguiu equilibrar o confronto.

É claro que o PSG sofreu sem Marquinhos na zaga. Qualquer time penaria. O Bayern finalizou 15 vezes, cinco na direção da meta de Keylor Navas. Menos da metade do jogo em Munique. Ainda assim, é possível dizer que o atual campeão europeu foi melhor nos 180 minutos. Faltou o gol da classificação.

Ou sobraram chances desperdiçadas pelo time francês em Paris. Nas semifinais novamente, mas "arame liso" e flertando com o perigo.

(Estatísticas:UEFA)