Palmeiras atropela Galo, "achata" tabela e transforma Cebola em Cantinflas
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O Palmeiras matou desde o primeiro minuto no Allianz Parque a intensidade e o jogo pelas pontas do Atlético. Com muita concentração defensiva, dificultando a saida de bola do adversário e muito confortável nas transições ofensivas em velocidade.
Porque a proposta de Jorge Sampaoli depende de protagonismo em campo e da participação ativa dos laterais na articulação. Mas Guga e Guilherme Arana pareciam sempre no meio do caminho: não colaboravam ativamente, Arana um pouco mais, e escancaravam as costas para a aceleração de Rony e Wesley.
No meio, Felipe Melo coordenava bem a proteção a Luan e Gustavo Gómez, negando espaços a Nathan, posicionado por Sampaoli como uma espécie de "falso nove" e matando também a proposta de acionar Marrony em diagonal partindo da esquerda.
Luiz Adriano recuava para fazer o pivô, facilitar as infiltrações dos pontas e também chamar a aproximação dos meias Zé Rafael e Raphael Veiga, este o autor do primeiro gol que começou a desmoronar o Galo.
Porque a cada pedido de contratações de Sampaoli, os jogadores atleticanos perdem confiança e jogos. Neste caso as semanas livres de trabalho jogam até contra na gestão do vestiário.
Fragilizado e exposto, o time mineiro foi um convite para os contra-ataques rápidos. Sampaoli até tentou deslocr Nathan para a ponta direita e abrir bem Arana do lado oposto para espaçar a marcação e dar trabalho a Gabriel Menino.
Mas linhas adiantadas, sem vigor no perde-pressiona e um zagueiro lento como Rever, qualquer time vira presa fácil. O Palmeiras competiu em alto nível, com 35% de posse, mas 19 finalizações - oito na direção da meta de Everson. Fechou os 3 a 0 com gols de Rony e Wesley.deitando e rolando nas costas da retaguarda atleticana.
Com a chegada do português Abel Ferreira, o auxiliar Andrey "Cebola" Lopes sai de cena com quatro vitórias convincentes, depois da derrota para o Fortaleza. Também uma aura de Jorginho "Cantinflas", que em 2009 entregou o time alviverde lider absoluto do Brasileiro ao então tricampeão Muricy Ramalho.
O final da história que parecia na época não ter como dar errado foi com o Palmeiras fora até da zona de classificação da Libertadores. Ficou para sempre a impressão de que teria sido melhor manter o interino.
Tese sempre questionável, já que muitas efetivações costumam seguir o seguinte roteiro: jogadores abraçam o "novato", principalmente os mais experientes, que tomam conta do vestiário e ganham vagas cativas - quem é louco de botar um medalhão no banco sem currículo e respaldo?
Mas quando a equipe oscila não há autoridade para fazer as mudanças necessárias. Em algum casos falta também vivência e/ou conteúdo para um trabalho mais longo e consistente. O prazo de validade costuma ser bem curto.
Essa memória, porém, vai rondar o clube. Por outro lado, Abel assume um time em alta, que ajudou a "achatar" a tabela na última rodada do primeiro turno e, com um jogo a menos, está a sete pontos de Internacional e Flamengo. Com boas possibilidades também na Copa do Brasil e, especialmente, na Libertadores.
Presente no estádio, o português viu seu novo time atropelar e também sinalizar um trabalho promissor. Apesar da sombra de "Cebola Cantinflas".
(Estatísticas: SofaScore)
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