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André Rocha

Corinthians sobrevive, mas na bola é "zebra" contra o Bragantino

Colunista do UOL Esporte

26/07/2020 18h02

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Os reservas do São Paulo mostraram a dignidade esperada. Jogador profissional que entrega jogo em 2020 sepulta a própria carreira. Os 3 a 1 sobre o Guarani na Vila Belmiro deixaram o Corinthians dependendo apenas de si para obter a classificação.

Foi sofrido. Mesmo descontando as lesões ainda no primeiro tempo de Boselli e Everaldo que obrigaram Tiago Nunes a fazer duas substituições e perder a referência na frente. Entraram Janderson e Mateus Vital, com Luan ficando mais adiantado, como uma espécie de "falso nove".

O desempenho do Corinthians na vitória por 2 a 0 sobre o rebaixado Oeste foi de sangrar os olhos. A única saída com qualidade, para variar, foi de Fagner pela direita. Aproveitando o corredor deixado por Ramiro, "falso ponta" que acrescentou pouco ao trabalho do meio-campo. Setor que ao menos ganhou intensidade e força física com Ederson na vaga de Camacho. O ex-volante do Cruzeiro marcou o gol que sacramentou a classificação.

Defensivamente, a compactação dos setores e o posicionamento da última linha não eram exatamente um problema. Os jogadores pecavam tecnicamente e na tomada de decisão. Alguns sustos desnecessários por falhas individuais.

Inclusive de Danilo Avelar, heroi pelo gol que abriu o placar completando cobrança de falta pela esquerda de Luan. Única jogada produtiva do camisa sete, principal contratação na temporada. Intensidade baixa, aparentemente desconcentrado na maior parte do jogo. Pela esquerda, Janderson foi outro que errou muito nas escolhas de jogadas, mas Carlos Augusto foi correto na marcação.

Muito pouco para o tricampeão que sobrevive e tem chances de título, até pela cultura de vitória no estado. Mas na bola, considerando apenas o que as equipes jogaram até agora, o Corinthians é "zebra" nas quartas de final contra o Bragantino, líder da classificação geral. Entre aspas apenas pela grandeza do maior vencedor da história do Paulistão.