A insana noite em que o Mirassol comemorou não ser rebaixado
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Nada mais normal do que um time que acabou de chegar à Série A comemorar sua permanência na primeira divisão. Em média, pelo menos um dos clubes que sobe cai imediatamente de volta. A festa, portanto, é justificável.
Incomum é um clube comemorar o não-rebaixamento faltando 11 rodadas para o fim do campeonato e, mais espantoso ainda, no G4 do Brasileirão, classificando-se de forma direta para a Libertadores.
O Mirassol viveu esta experiências ontem, no Maião. Depois da vitória sobre o Fluminense, as luzes do estádio se apagaram e começou a queima de fogos. Emocionados, os jogadores comemoravam com a pequena torcida da menor cidade a ter uma equipe na Série A (65 mil habitantes).
Com 46 pontos na tabela, o Leão não cai mais. Essa era a meta de 2025. Com 46 pontos, ocupa a quarta posição, três pontos à frente do Botafogo, quinto colocado. Está invicto em casa e ostenta o segundo melhor ataque da competição, atrás apenas do Flamengo.
Classificação e jogos
Tudo isso com uma folha salarial abaixo de 5 milhões de reais, equivalente ao salário de duas ou três estrelas dos clubes com quem está competindo pela ponta. Tudo isso depois de investir brilhantemente os cerca de 8 milhões de reais recebidos em 2017, com a venda de Luiz Araújo do São Paulo para o Lille. Os 20% a que teve direito como formador do atleta foram aplicados na construção de um dos centros de treinamento mais modernos no país, em um staff sólido e em tecnologia.
Sem loucuras, sem grandes nomes no elenco e com um treinador pouco conhecido na elite (Rafael Guanaes), o Mirassol segue firme rumo à América, fazendo história. E calando a boca de muitos.
Em dezembro de 2024, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, debochou em uma entrevista: "O que é que o danado do Mirassol vai fazer em Série A de Brasileiro? Quem é que vai pagar? Quem vai investir? Quem vai assistir Mirassol jogando Série A?"
Pois é, parece que vai ter gente assistindo a Mirassol na Libertadores.
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