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Zubeldía demonstra decência rara na saída do São Paulo

O tricolor paulista e o técnico argentino anunciaram hoje que se encerrou a sua relação, de comum acordo e de maneira amigável. Se já é raro que qualquer relação finde assim, é mais raro ainda que isso aconteça quando há tanto dinheiro envolvido.

Há pouca coisa mais tentadora no mercado de trabalho do que as multas rescisórias firmadas entre treinadores e clubes — supostamente, uma ferramenta utilizada para proteger os profissionais neste universo tão volátil. As entidades fecham acordos longos, que não vão cumprir, e acabam se endividando de maneira quase cômica ao incentivar a eterna ciranda de técnicos que movimenta o futebol brasileiro.

Ao que tudo indica, Luís Zubeldía não seguiu o roteiro tradicional. Quis pedir demissão ainda nos vestiários, depois da derrota para o Vasco, no Morumbis, por 3 a 1. Foi contido pela diretoria. Conversas se seguiram, mas já não havia clima. Sem reforços, o argentino entendia que continuaria sendo fortemente cobrado e que não fazia sentido continuar. Estava disposto a sair.

Se aguardasse a demissão, talvez uma questão de tempo, teria cerca de 3 milhões de reais a receber. Quantos colegas — ou quantos de nós — não prefeririam esperar e ver o generoso pix cair na conta?

Segundo reportam colegas, Zubeldía não vai sair de mãos abanando. Mas não vai levar 3 milhões, uma vez que chegou a um acordo sobre sua saída.

Neste meio tão permeado por atitudes mesquinhas, não deixa de ser notável a atitude do argentino, que será substituído pelo conterrâneo Hernán Crespo — a quem o São Paulo ainda deve parte da multa da última passagem.

Segue a ciranda.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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