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Cristiano Ronaldo e Neymar: cada um com a liga que merece

Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo levou Portugal ao seu terceiro título importante. Terceiro dele e de Portugal. Em mais de um século de história, não houve um troféu relevante do país sem ele.

Não como coadjuvante, presente apenas para dar apoio moral e participar da preleção com os colegas. O atacante marcou oito gols em nove partidas desta edição da Liga das Nações, incluindo o do empate de ontem contra a Espanha, que acabou por levar a decisão para a prorrogação e os pênaltis. Substituído aos 43 do segundo tempo, ele não conseguiu assistir à disputa. Nervosíssimo, baixava a cabeça toda vez que um companheiro se dirigia à marca da cal. Colapsou no chão, aos prantos, ao entender que a bola de Rúben Neves havia entrado, depois de Diogo Costa parar Álvaro Morata. Campeão, de novo.

Cinco vezes Bola de Ouro, cinco vezes campeão da Champions, campeão na Itália, na Inglaterra e na Espanha, autor de 938 gols, CR7 já soma 34 títulos. Mesmo assim, comemorou como um garoto a taça conquistada em Munique.

Enquanto isso, aos 33 anos, Neymar passa os últimos dias do seu contrato-tampão com o Santos sem rumo. A notícia mais recente do craque dá conta de que ele precisou adiar um jogo com influenciadores por testar positivo para a covid-19. Era seu compromisso mais importante nesta data Fifa.

Difícil esperar que muitos cheguem aos 40 como Ronaldo. A maioria dos mortais provavelmente não suportaria uma semana vivendo com a disciplina do português. Eu, certamente, não.

A comparação, no entanto, é com um atleta sete anos mais jovem. Aos 33, aliás, Cristiano estava vencendo mais uma Champions. O último título importante de Neymar? A Kings League 2025.

Se cada um colhe o que planta, como dizem por aí, até que faz sentido. Cada um com a liga que merece.

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