Ednaldo Rodrigues: a óbvia queda do presidente unânime
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Aconteceu o que era lógico acontecer: Ednaldo Rodrigues caiu. De novo.
O presidente da CBF foi afastado agora há pouco pela justiça do Rio, com base na contestação da assinatura do Coronel Nunes no documento que reconhecia a validade da eleição de 2022, que levou Rodrigues ao cargo. Nunes trata um câncer no cérebro e parecia suspeito que tivesse condições de firmar tal termo.
De acordo com o desembargador Gabriel Zefiro, "a robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente".
A palavra-chave para mim aqui é "óbvio".
Tudo nesta história é óbvio. Os conchavos políticos. As reuniões em Brasília. Os aumentos de salário dos vice-presidentes. A eleição unânime. O desespero por contratar Carlo Ancelotti. Seu anúncio atabalhoado no dia em que o caso da assinatura começava a ser julgado. Tudo óbvio. Inclusive e especialmente, a queda de Ednaldo.
Conforme revelei semana passada, Ancelotti contratou um grande escritório de advocacia para entender a situação da confederação e do presidente ameaçado. Dias depois, assinou contrato e viu seu nome anunciado em um vídeo constrangedor.
Ou não entendeu onde estava se metendo ou entendeu, orientado por seus causídicos, que a queda do mandatário não implicaria na sua. Está confiando na CBF.
Sorte para ele. E sorte para quem ainda acredita na entidade e na seleção brasileira. Nosso futuro parece óbvio também.
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