O divertido (e irrelevante) debate sobre a cor da camisa da seleção
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Vazou ontem a notícia de que a camisa da seleção para a Copa do Mundo de 2026 talvez seja vermelha. Já sabíamos que o segundo manto não traria nenhuma cor da nossa bandeira, mas permanecia o mistério sobre qual seria a substituta do azul. Pois bem, a internet foi à loucura.
Uns acharam absurdo fugir à tradição verde, amarela, azul e branca. Outros consideram um erro aposentar a azul e não a amarela, surrupiada pela extrema-direita. Houve quem não entendeu a Nike correr tamanho risco, especialmente em ano de eleição. E, claro, apareceram os animados em finalmente comprar uma camisa com o escudo na CBF no peito.
A discussão é deliciosa. Não deixa, porém, de ser cômica. Cores são apenas cores. Não no Brasil, claro — país em que cor tem, inclusive, gênero. Já imaginou a diversão que seria uma camisa rosa da seleção? Aliás, segundo a Máquina do Esporte, a camisa para 2026 teria na verdade "cores chamativas e brilhantes rosa e preta".
E se fosse toda preta, como a especial lançada para ressaltar a luta antirracista? Ou dourada, como todo o ouro roubado pelos portugueses? Ou bege, cor de nada? Ou marrom, cor de cocô? Quem sabe laranja, lilás, fúcsia? Que diferença faria?
Ah, mas a tradição. Mas o comunistas. Mas a pátria. Mas o raio que o parta. Sinceramente, que diferença faz, para além de quantas camisas a Nike vai vender na Copa? O que muda na nossa história ou no ignóbil futebol que nossa seleção — ainda sem técnico — tem apresentado nos últimos anos?
Nadinha. Mas é uma delícia.
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