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Rony, Gabigol, Dudu, Diniz e companhia: o futebol é uma mãe

A novela Rony está próxima do fim. Importa pouco se ele vai para o Galo ou o Vasco, ou mesmo se acabar ficando no Palmeiras. O que importa é que ele é mais um exemplo de que o futebol não requer desempenho presente. Basta ter sido bom um dia. Ou ter um bom empresário.

Gabigol e Dudu fecharam contratos milionários com o Cruzeiro, depois de duas temporadas ruins. Craques, sem dúvida. Que desde 2022 entregaram pouca bola.

Rony teve um ano tão abaixo, que até Abel (que já declarou seu amor publicamente) se dispôs a abrir mão do atacante. O resultado? Ofertas de Santos, Grêmio, Fluminense, Al-Rayyan, Atlético-MG e Vasco, pelo menos.

Lembrando que Rony tem 29 anos e recebe um dos maiores salários do país. Mesmo com os enormes serviços prestados ao Palmeiras, as artilharias, a marca histórica na Libertadores, a abertura do mercado para o rei da bicicleta é surpreendente. E ele segue abusando da sorte.

Entre os treinadores, isso acontece com ainda mais frequência. Na eterna ciranda da volta dos que não foram, o técnico perde aqui e é contratado lá. O seu ruim pode ser o meu bom. Fernando Diniz é um caso clássico. Tite foi considerado no Botafogo, depois de uma passagem melancólica pelo Flamengo. Há sempre uma segunda chance.

Talvez o futebol seja uma mãe, um lugar de fé, com a crença eterna de que tudo pode melhorar, de que basta uma nova casa, um novo abraço, um novo contrato. Desde que você tenha um bom empresário.

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