Cadê o VAR: web reclama de juízes, mas salto de Rebeca garante bronze épico
No país que não suporta o VAR em lances supostamente objetivos no futebol, torcer por um esporte em que há elementos subjetivos e não vemos nem sequer a cara dos juízes é um pouco desesperador.
Mas desesperador mesmo deve ser não ter Rebeca Andrade. Depois de uma série sólida do time, com alguns vacilos, foi um salto de 15.100 da grande estrela brasileira, aos 45 do segundo tempo, na última oportunidade, que salvou o dia e garantiu a medalha de bronze inédita para a nossa equipe feminina.
Os Estados Unidos ficaram com o ouro — Simone Biles sobrou tanto que pôde até errar — e a Itália, com a prata.
Na ginástica artística, a nota é composta por uma de partida (determinada pela dificuldade dos movimentos) e uma de execução (subjetiva), com a dedução de penalidades (supostamente objetivas).
Ou seja, quem decide o destino das atletas — e da nossa saúde cardíaca — são os juízes. E a internet brasileira não gostou nada do que viu, especialmente na disputa direta com as chinesas. Alguns dos trending topics dessa tarde: "vai se f?r", "que nota é essa", "que roubo", por aí vai.
Teve chinesa caindo de pirueta sem salto no solo, perna batendo nas paralelas, e tome nota mais alta que o Brasil. Fomos assaltadas? Difícil dizer. Ganhamos mesmo assim? Com certeza.
Nem supercílio cortado, nem queda da especialista na trave, nem os juízes, nem China, nem Grã-Bretanha puderam parar o quinteto Flávia Saraiva, Júlia Soares, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa e Rebeca Andrade. Medalha inédita e histórica, em uma das provas mais tensas e carregadas de responsabilidade dos Jogos Olímpicos.
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