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Brasileirão: o risco de deixar o Palmeiras chegar
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Já escrevi por aqui que este Brasileirão tinha o sarrafo baixo, que os favoritos que começaram tropeçando seguiam vivíssimos.
Chegamos à sétima rodada e uma coisa me parece ainda mais clara: Palmeiras e Atlético-MG seguem favoritos. A concorrência não aproveitou a oportunidade de deixá-los para trás.
O Corinthians é líder há quatro rodadas, mas leva apenas seis pontos sobre o 14º colocado. É o aproveitamento mais baixo de um líder até hoje: 66,7% de aproveitamento.
Desde 1959, o Timão não perdia cinco clássicos paulistas consecutivos. Ontem, se não fosse uma queda terrível de desempenho do São Paulo no segundo tempo (talvez por conta das substituições de Rogério Ceni), e mais uma atuação impecável do gigante Cássio, a inédita sexta derrota teria acontecido.
Aliás, falando em Ceni, ele e Diniz são os únicos técnicos brasileiros entre os oito primeiros do Brasileirão. Chegamos a esse ponto.
O negócio é tão maluco que as estatísticas desafiam a lógica. O líder Corinthians é quem menos finaliza. O quarto que mais finaliza é o Fortaleza, que tem um ponto. Isso mesmo, um.
Agora na vice-liderança, empatado em número de pontos com São Paulo, Galo e Botafogo, o Palmeiras foi quem mais me impressionou na rodada. Sua atuação tranquila na vitória por 3 a 0 contra o desfalcado Juventude, em Caxias do Sul, trouxe de volta a sensação de que o alviverde só perde quando pode perder. Quando precisa marcar território, o time não vacila.
Oscilou no início do Brasileirão, curiosamente nas partidas em que entrou com força máxima, porém chega à última semana de maio com um campanha histórica na Libertadores e em segundo lugar no campeonato nacional. Além de classificado para as oitavas da Copa do Brasil, o que seria obrigação mesmo.
A principal vantagem que o Palmeiras leva em relação a qualquer destes adversários da ponta está no banco: Abel Ferreira e sua equipa técnica. Podemos discutir se é o melhor comandante em atividade no Brasil (para mim, é). O que é indiscutível é o tempo que esse português tem de trabalho.
Nenhum outro colega conhece tão bem o elenco à sua disposição e a dinâmica de seu clube como ele. Nenhum parece mais bem posicionado para crescer nos momentos chave. Na hora em que o bicho pegar, esse pode ser o grande trunfo alviverde.
A equipe tem agora uma dura sequência de jogos pela frente, com os importantes desfalques de Weverton e Danilo, que saem para servir a Seleção. Caso emerja bem dos confrontos contra Santos, Atlético-MG e Botafogo, a coisa pode engrenar de vez.
Se deixar chegar...
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