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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Real Madrid na final e o peso de uma grande camisa

Karim Benzema, do Real Madrid, durante jogo contra o Manchester City, pela Liga dos Campeões, no Santiago Bernabéu - Michael Regan/Getty Images
Karim Benzema, do Real Madrid, durante jogo contra o Manchester City, pela Liga dos Campeões, no Santiago Bernabéu Imagem: Michael Regan/Getty Images

04/05/2022 18h36

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Tem gente que não gosta de falar em peso de camisa. Que jogos são ganhos por técnica, garra, esforço, trabalho.

Mas elas pesam.

Está aí o Real Madrid que não me deixa mentir. Perdia do Chelsea na volta das quartas-de-final por 3 a 0. Rodrygo marcou aos 34 minutos do segundo tempo para levar o jogo à prorrogação e, aos cinco minutos do tempo adicional, Benzema matou a parada.

Madrid Virou na semi para enfrentar o rico e fortíssimo Manchester City, de Pep Guardiola.

Poderia ter tomado um vareio no Emirates, mas segurou o placar em 4 a 3. Um jogaço.

Chegou hoje ao Santiago Bernabéu precisando vencer. O jogo estava 1 a 0 para o City até o finzinho do segundo tempo. Aí Rodrygo virou o embate, aos 44 e 46 minutos. Prorrogação.

Não deu 3 minutos: Benzema sofreu e converteu um pênalti. Placar em 3 a 1, enredo que se repete, Real Madrid na final.

Karim, aliás, que deve chegar ao Catar voando. Dez gols em mata-matas, igualando o recorde de Cristiano Ronaldo, na temporada 2016-2017. É também o terceiro maior artilheiro da competição de todos os tempos, ao lado de Lewandowski, atrás apenas de Messi e CR7.

O Real Madrid tem 13 títulos. Cinco seguidos na era Franco, empurrado por um regime fascista. Mesmo sem este período questionável, restam oito.

O City não tem nenhum. E vai seguir assim até 2023.

Também entre os pesos pesados, o Liverpool alcançou dez finais, em 26 participações, e tem, por ora, seis orelhudas.

Nos bancos de reserva desta grande final não será diferente.

Com o recente título espanhol pelo Madrid, Carlo Ancelotti alcançou um feito inédito: conquistou todas as grandes ligas europeais. Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Itália. Na Champions, foi campeão em 2003, 2007 e 2014. E vice-campeão em 2005, contra o Liverpool, na virada histórica que quem não conhece precisa pesquisar.

Empatado em número de finais com Ancelotti e Alex Ferguson, Jurgen Klopp foi campeão em 2019, vice em 2013 pelo Borussia Dortmund e 2018 pelo Liverpool.

Uma final de muito peso nos aguarda dia 28 de maio, em Paris. Sorte a nossa.