Topo

Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras foi gigante: não dava para saber qual era o time de 2,5 bilhões

Torcedores do Palmeiras lotam os arredores do Allianz Parque para assistirem à final do Mundial - Marcelo Justo
Torcedores do Palmeiras lotam os arredores do Allianz Parque para assistirem à final do Mundial Imagem: Marcelo Justo

12/02/2022 16h48

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Eu já escrevi algumas vezes sobre o extraterrestre que se surpreenderia ao pousar na terra e descobrir as críticas a Abel Ferreira e um Palmeiras multicampeões. Retranqueiro, goleadas não merecidas, acidentes e afins.

Pois este mesmo ET, se tivesse chegado por essas bandas hoje e se dado ao trabalho de assistir à final do Mundial de Clubes da FIFA, talvez não conseguisse distinguir qual equipe era campeã da Europa e qual, da América do Sul.

Qual equipe gastou 2,5 bilhões de reais em seu elenco e qual investiu 27,6 milhões. Qual delas deve emprestar 14 jogadores à Copa do Mundo e qual verá dois ou três seus no Catar, se muito.

A final foi muito equilibrada. Tática, física e emocionalmente. O que não é pouca coisa, considerando a diferença abismal entre os campeonatos que Palmeiras e Chelsea disputam.

Times sul-americanos já superaram europeus na final, em feitos mais notáveis do que o troféu "de igual para igual". Todos merecem aplausos porque habitam universos muito distintos, em ambiente, dinheiro, visibilidade.

Especificamente sobre esse Palmeiras, mesmo sem esse Mundial, arrisco dizer que é o mais forte que eu já vi jogar. Não o com mais talentos individuais, o futebol "mais bonito", o mais encantador. Mas o mais forte.

Hoje, é quase um sonho ser palmeirense. Quantos outros torcedores venceram três Libertadores, todas na mesma geração? Além de serem os maiores campões nacionais?

Ganhar o Mundial teria sido a coroação máxima de um trabalho épico, de um treinador já imortalizado, de jogadores que marcaram seu nome na história do clube. Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Piquerez, Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga, Gustavo Scarpa, Dudu, Rony e companhia. São históricos. Abel Ferreira é histórico.

O Palmeiras 2021/2022 é imortal e será para sempre "aquele Palmeiras", o Palmeiras que quem não viu sofrerá por ter perdido e quem viu não se cansará de recontar o que viveu.

Parabéns aos palmeirenses. Aproveitem o privilégio.