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Bolada em torcedora melhorou segurança na MLB, mas não evitou morte em 2018

Incidentes entre 2015 e 2017 culminara em redes maiores para proteger torcedores - Mark Brown/Getty Images
Incidentes entre 2015 e 2017 culminara em redes maiores para proteger torcedores
Imagem: Mark Brown/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

06/02/2019 06h34

A notícia da morte de uma mulher após ser atingida na cabeça por uma bola durante uma partida de beisebol nos Estados Unidos, em agosto de 2018, só veio à tona nessa segunda-feira (4). No entanto, o caso não foi o primeiro registrado nesta categoria de esporte. Antes, incidentes do tipo foram capazes de provocar mudanças na Major League Baseball (MLB) - que, entretanto, não conseguiram evitar a morte recente da torcedora.

No início do ano passado, os times da MLB aumentaram as redes de segurança nos estádios após uma criança de dois anos ser atingida também na cabeça. Em setembro de 2017, a menina estava no Yankee Stadium, na companhia dos avós e do irmão, acompanhando à partida entre Minnesota Twins e New York Yankees.

No jogo em questão, Todd Frazier, jogador dos Yankees, rebateu uma foul ball de 193km/h em direção a uma parte da arquibancada onde não havia proteção. A bola atingiu o rosto da criança, que foi hospitalizada imediatamente e chegou a ficar com a visão comprometida.

No ano seguinte, o pai da torcedora, Geoffrey Jacobson, falou em entrevista para o New York Post que ele e sua mulher levarão essa experiência para o resto de suas vidas. "Nós poderíamos ter perdido a nossa menina", relatou.

O incidente não foi o primeiro - a MLB já havia registrado torcedores atingidos por bolas e tacos entre 2015 e 2017, por exemplo. No entanto, o caso no estádio dos Yankees provocou uma reação rápida: em fevereiro de 2018, todos os 30 times da MLB anunciaram que ampliaram as redes de segurança em seus estádios.

"Dar aos fãs de beisebol uma variedade de opções de assentos quando eles vão aos jogos, inclusive atrás das redes de segurança, é importante", dizia Rob Manfred, comissário da liga, em comunicado. "As equipes da Major League estão constantemente avaliando a cobertura e o design das redes dos estádios; por isso, estou feliz por anunciar que elas estão garantindo aos fãs uma gama maior de assentos protegidos", completou.

Ainda assim, para a torcedora atingida em setembro de 2017, o incidente deixou marcas. "Ela tem ciência de que foi atingida por uma bola de beisebol", contou o pai na entrevista ao New York Post em abril de 2018. "Nós recebemos convidados para um jantar há algumas semanas, e minha filha entrou na sala com um saquinho de gelo na cabeça de sua boneca, dizendo que a boneca tinha sido atingida na cabeça por uma bola de beisebol", completou o pai, que torce para que a filha se esqueça do fato em alguns anos.