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21/09/2006 - 19h14

Após injeção, pivô Alessandra reclama de banco

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
No intervalo, a pivô Alessandra tomou dois comprimidos e uma injeção de antiinflamatório para diminuir as dores em seu ombro esquerdo e voltar à quadra. No fim, ficou mais da metade do segundo tempo no banco, para assistir à derrota da seleção brasileira diante da Austrália, nesta quinta-feira.

A jogadora afirmou que se contundiu logo no início da partida. "Tomei um tranco, nem vi de quem foi ou como foi direito. Mas foi logo na segunda bola", afirmou. "Fui para o vestiário sentindo muita dor. Tive de tomar antiinflamatório e uma injeção."

A jogadora primeiro tomou comprimidos, mas depois teve de receber o medicamento com uma aplicação no local para ter uma "resposta rápida". E o sacrifício pode ter sido em vão.

Alessandra começou o terceiro quarto em quadra e ficou por sete minutos. Neste período, marcou sete pontos e pegou cinco rebotes, ajudando a construir a vantagem brasileira, antes de ser substituída por Érika. A reserva atuou por dez minutos em seqüência e teve produção inferior: conseguiu apenas quatro pontos e um rebote.

O treinador Antonio Carlos Barbosa, porém, considerou o rendimento de Érika mais satisfatório. "A Érika estava bem no jogo. Foi com ela em quadra que nós abrimos nove pontos no terceiro quarto, por isso decidi mantê-la no lugar da Alessandra", disse.

A 2min30s do fim, a pivô de 32 anos voltou para a partida, já com desvantagem no placar. No final, afirmou que tinha condições de jogo. "Estava pronta, queria voltar, mas foi uma decisão técnica."

Mais do que números, Alessandra conseguiu segurar a produção da estrela australiana Lauren Jackson. "Nós nos conhecemos de uma vida toda. Ela entrou na seleção australiana com 16 anos no Mundial de 98. Depois jogamos juntas na WNBA, então uma conhece os pontos fortes da outra. O que sai disso é fator surpresa dela, que é uma jogadora fantástica. Ela joga muito de frente para a cesta e fora do garrafão, me surpreendi por ter marcado tão bem", afirmou.

Na primeira derrota da seleção no torneio, na primeira fase, diante da Espanha, Alessandra já havia amargado longo tempo de banco no período decisivo. Na ocasião, deu lugar a Kelly.

Em entrevista coletiva, a brasileira chorou e afirmou que queria ganhar uma medalha "em seu último Mundial". A jogadora recebeu o apoio da treinadora australiana, Jan Stirling. "Vamos torcer para o Brasil ganhar o bronze. Uma atleta como a Alessandra merece essa conquista."

A jogadora, porém, deve ser examinada para saber qual é a gravidade da lesão. O técnico Barbosa afirmou que deve contar com ela para o confronto pelo bronze. "Ela está reclamando de dores, mas não acho que vai ser problema para sábado."

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