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Astros da NBA protestam: "ser negro é pior do que ser terrorista nos EUA?"

AP Photo/Charles Krupa
Imagem: AP Photo/Charles Krupa

Do UOL, em São Paulo

21/09/2016 10h48

A morte de Terence Crutcher, um homem negro que foi alvejado pela polícia em Tulsa (Oklahoma) na última semana, gerou uma nova onda de manifestações nos Estados Unidos que ganhou apoio de astros da NBA como Rajon Rondo, Chris Paul e Dwyane Wade.

Diversos jogadores postaram mensagens nas redes sociais pedindo união para que casos como este não voltem a acontecer. O armador Rajon Rondo, do Chicago Bulls, foi um dos que escreveu a mensagem mais contundente. “Eu acho que ser negro é pior do que ser um terrorista”, disse no Instagram, referindo-se à prisão de um suspeito de ter explodido uma bomba em Nova York.

As manifestações pelas redes sociais revivem o apoio recente de diversos esportistas ao movimento "Black Lives Matter" (vidas negras importam, em uma tradução livre), que ganhou notoriedade depois da morte de dois negros em 2014 por policiais.

Recentemente, o quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, levou o apoio às arenas esportivas ao se ajoelhar durante o hino americano nos jogos da NFL, a liga de futebol americano do país.

Veja o que escreveram os jogadores nas redes sociais.

Rajon Rondo, do Chicago Bulls

“Diga-me uma coisa, como é que um homem negro desarmado cujo carro está parado e precisa de ajuda leva um tiro e é morto por policiais enquanto o suspeito de colocar bomba em NY e NJ, que realmente disparou contra policiais, está detido e vivo? Eu acho que ser negro é pior do que ser um terrorista. Mesmo com as mãos para cima, nenhuma arma, e precisando de ajuda, ser negro ainda é um crime. Minhas sinceras condolências à família de Terence Crutcher”

Chris Paul, do Los Angeles Clippers

Nosso país é melhor do que isso. #éobastante


Dwyane Wade, do Chicago Bulls

“Nós devemos nos aproximar mais! Devemos mostrar a nossa força como uma comunidade negra! Ou vamos continuar a despertar com histórias de NÓS sendo abatidos como se não nos importássemos. Devemos mostrar que nos importamos mais um com o outro! Todos nós devemos fazer mais!”