UOL Esporte Atletismo
 
06/11/2009 - 17h57

Após represália, África do Sul suspende Federação de Atletismo

Das agências internacionais
Em Johanesburgo (África do Sul)
Um dia depois de ter o presidente Leonardo Chuene e sua diretoria afastados, a Federação Sul-Africana de Atletismo (ASA) recebeu nesta sexta-feira mais uma punição do Comitê Olímpico do país (Sascoc). Após não concordar com a sanção imposta a seu mandatário, a entidade foi suspensa temporariamente, com efeito imediato.

"Essa medida se baseia no fato de que a ASA, por meio de seus dirigentes, cometeu faltas e delitos no caso de Caster Semenya", informa o Comitê Olímpico Sul-Africano em nota oficial emitida nesta sexta-feira. O processo como foi conduzida a polêmica com a meio-fundista Caster Semenya, campeã mundial dos 800m e que teve a feminilidade questionada.

Na quinta, o Sascoc anunciou uma punição a Chuene pela má condução da polêmica Semenya, após o Mundial de Berlim de agosto. Como resposta, a ASA enviou uma carta ao comitê olímpico informando que a decisão tomada foi "irracional, processual e substantivamente injusta".

Embora tenha feito questão de sublinhar a relação da suspensão com o descaso em relação a Semenya, o Sascoc argumentou contra as críticas recebidas da federação de atletismo. "A ASA indicou que não respeitará nossas diretivas e/ou resoluções. O comitê olímpico tem jurisdição sobre seus membros, dentre eles a ASA", apontou.

O Sascoc também disse que as medidas tomadas pela federação de atletismo trouxeram "descrédito" ao comitê, mas refutaram entrar em uma "briga em uma poça de lama perante a imprensa". A suspensão não tem prazo para vigorar, e a ASA ficará fora de ação "até segunda ordem".

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