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Morte na São Silvestre de 2012 "assombra" cadeirantes em 2013

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

31/12/2013 10h44

Os quatro cadeirantes que participam da São Silvestre nesta terça-feira não conseguiram esquecer ainda a morte de Israel Cruz Jackson de Barros, na competição do ano passado. Durante a corrida de 2013, os competidores admitiram que sentiram medo pelo ocorrido com Israel.

Única mulher entre os cadeirantes, Aline Rocha, 22 anos, admitiu que a segurança foi uma das preocupações dos competidores e afastou os cadeirantes.  Ano passado foram três meninas  na prova dos cadeirantes e esse ano, apenas ela.

Aline teve mais cautela este ano. Na descida, Aline diminuiu a velocidade. Ela costuma fazer o trecho a 55 km/h, mas em 2013 preferiu fazer a 40 km/h. “Uma delas me falou que não vinha porque estava com medo.  Acho que isto atrapalhou bastante”, contou .

Em 2012, dez cadeirantes participaram da São Silvestre na prova masculina. Em 2013, foram quatro.  O ganhador da prova, Jaciel Antonio Paulino, amigo do cadeirante morto em 2012, também confirmou o receio. “A gente fica com receio sim. Eu era amigo do Israel e a imagem dele vem sempre a minha cabeça. Principalmente na descida. Mas era mais um obstáculo que tínhamos que superar”, contou.

Apesar do medo, os competidores reforçam que a segurança em 2013 foi maior que no ano passado. “Tinha vários fiscais entre colaboradores e policiais. Teve um congresso em que apontamos os pontos a serem melhorados. Para o ano que vem já tem várias sugestões. Durante toda prova tinha um fiscal me ajudando dizendo por onde deveria seguir”, contou Aline.
Acidente 2012 em 2012

Durante a corrida dos cadeirantes na São Silvestre 2012, Israel Cruz Jackson de Barros perdeu o controle de sua cadeira na ladeira da rua Major Natanael. Ele bateu contra um muro e não resistiu aos ferimentos.