'Sem rivais', Bolt cumpre favoritismo e faz treino de luxo nas eliminatórias
Antes de ir à pista, muita tranquilidade. Risadas, caretas e massagens nas pernas para soltar a musculatura. Foi assim que Usain Bolt se preparou para a sua série nas eliminatórias dos 100 m rasos no Mundial de Atletismo, em Moscou (RUS), neste sábado.
Conforme o momento de correr ia se aproximando, a expressão se fechou brevemente. Bastou ele aparecer no telão para o público ir ao delírio e a seriedade acabar com uma piscadinha para a câmera. Na pista, o jamaicano confirmou o favoritismo que lhe foi atribuído. Venceu com sobras a última das sete baterias e avançou à semifinal com tempo de 10s07, o sétimo entre todos e o suficiente para ficar entre os 24 classificados.
O jamaicano Kemar Bailey-Cole venceu a primeira bateria com 10s02. Nesta Carter levou a segunda bateria com 10s11. A terceira bateria ficou com o americano Justin Gatlin, que fez uma corrida de recuperação e venceu com 9s99, sendo o primeiro a correr abaixo dos 10s nas eliminatórias.
Quem mostrou que pode incomodar o recordista mundial em uma eventual final foi o francês Jimmy Vicaut, que correu na quinta série, marcou 10s06, mas teve uma péssima largada e, além de tudo, soltou bastante o corpo nos metros finais. O americano Mike Rodgers é outro que chega forte. Passou tranquilamente com o tempo de 9s98, o mais rápido de todos.
O japonês Yoshihide Kiryu, de 17 anos, que era apontado como uma das surpresas para a prova, não conseguiu se classificar. Na segunda bateria, ele vinha em terceiro em boa parte da prova, mas perdeu a posição na linha de chegada para um atleta canadense. O Brasil não levou sequer um representante para a disputa dos 100 m rasos.
Em Moscou, o Mundial de Atletismo acabou esvaziado de estrelas após os exames positivos de Gay e Powell - este último, aliás, admitiu o doping, apesar de alegar que não foi uso voluntário. A ausência da dupla e também do atual campeão dos 100 m, Yohan Blake, lesionado, abrem espaço para Usain Bolt brilhar solitário nas pistas.
Usain Bolt tem na Rússia a possibilidade de se igualar a Carl Lewis como o maior vencedor da história dos Mundiais. Bolt atualmente tem sete medalhas na competição. Para chegar a este status, terá que ganhar as três provas que disputará (100 m, 200 m e revezamento 4 x 100 m). Assim, chegaria a oito ouros e duas pratas, resultado melhor que Lewis, que teve oito ouros, uma prata e um bronze.
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