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Após bater Pistorius, brasileiro descarta correr Olimpíadas mas sonha com Troféu Brasil

Brasileiro Alan Fonteles após vencer bateria eliminatória dos 100m T44 nos Jogos Paraolímpicos de Londres - Buda Mendes/CPB
Brasileiro Alan Fonteles após vencer bateria eliminatória dos 100m T44 nos Jogos Paraolímpicos de Londres Imagem: Buda Mendes/CPB

Do UOL, em São Paulo

30/09/2012 08h59

Alan Fonteles ganhou fama depois de vencer Oscar Pistorius na final dos 200 m livres, da classe T44 (para amputados), dos Jogos Paraolímpicos de Londres, no dia 2 de setembro. Quase um mês depois, o brasileiro já traça planos para as suas próximas conquistas.

Apesar disso, ele revelou não ter intenção de participar de uma disputa olímpica - como fez Pistorius, correndo tanto nos Jogos Olímpicos como também nos Paraolímpicos -. "Não é meu foco. Pode acontecer? Não sei. Meu negócio é Paraolimpíada, e não Olimpíadas, como o Pistorius lutou pra conseguir", disse em entrevista ao Jornal Lance!.

Agora, quando o assunto é o Troféu Brasil a coisa muda de figura. Fonteles falou que deseja correr no Troféu, já que as primeiras recordações que tem do atletismo vieram desta competição, com o seu ídolo Robson Caetano: "Não é uma questão de provar nada pra ninguém. É um sonho de criança".

Fonteles projeta metas ambiciosas para fazer bonito. Ele pretende abaixar seu tempo nos 200 m, que atualmente é de 21s45,e acredita que conseguirá o índice para disputar os próximos eventos nos anos seguintes: "Posso correr os 200 m abaixo de 21s. Eu tenho muito a melhorar. Em Londres ganhei o ouro, mas minha largada foi péssima. Quando chegar a um tempo próximo de 20s7 ou 20s8, entro na briga para disputar o Troféu", revelou.

Ainda sobre a polêmica declaração de seu rival Pistorius, de que a sua prótese estava fora dos padrões permitidos, Fonteles disse ainda guardar alguns sentimentos: "Pra mim, ele é página virada. Era um ídolo, mas guardei mágoa dele. Não sou robô, sou ser humano. Não tenho nada contra ele, mas fiquei triste por ele não ter me cumprimentado. Foi um ídolo que passou".