Um ano depois, roupeiro conta os bastidores do título da Libertadores

Saímos do hotel confiantes. Era um jogo diferente, final de Libertadores. Mas estavam todos leves, pagode no ônibus. Sorriso no rosto no aquecimento, mas querendo levantar logo a taça. Percebia a confiança no brilho do olhar. Você sente que sai do hotel ganhando de 1 a 0.

A bola rolou e foi dureza. Estávamos vendo o jogo por uma televisão no vestiário. Eles saíram na frente e nosso time não estava conseguindo jogar. Não sei dizer o que rolou, mas não era o esperado. O time era uma máquina, mas não conseguiu jogar no primeiro tempo.

"E no 2º tempo ele entra e muda o jogo. Iniciou jogadas dos gols. O Gabigol fez dois, mas se tivesse que escolher um era o Diego. Pelo que fez dentro e fora de campo, foi sensacional. Queria falar isso para ele, mas parece que está babando ovo, sabe? Ele é um líder do cara...."

Logo depois veio a virada. Ai é que eu achei que ele ia passar mal mesmo... Geral pulou, se abraçou, aquela gritaria, querendo invadir o campo, mas a federação segurando a gente. Daí para frente, foi só alegria. Já vi o Flamengo virando muitos jogos, mas esse aí foi brincadeira.

Outro cara importante era o Rafinha, um cara sensacional. Além de brincalhão, um cara otimista. Sempre dizendo que tudo ia dar certo, que ia ser campeão. Não tinha negativismo. A saída dele faz falta. Ele era participativo. Sempre conversava com os moleques.

O Rafinha saiu, mas ficou o Gerson. É novo, mas já tem moral para segurar vestiário. Segura a molecada quando é preciso, mostra a realidade. Conta histórias que viveu lá fora para servir de exemplo. Coringa também dentro do vestiário, é mais uma característica.