Santos

Marinho sofre racismo, rebate e recebe apoio

Por Adriano Wilkson

O Santos recebeu a Ponte Preta pelas quartas de final do Campeonato Paulista na Vila Belmiro.
Divulgação/Santos FC
O atacante Marinho fez um gol no primeiro tempo, mas logo depois foi expulso. O Santos acabaria perdendo por 3 a 1.
Ivan Storti/Santos FC
No intervalo, o comentarista Chef Benedetti, da rádio “Energia 97”, foi questionado sobre o que diria a Marinho se estivesse em um grupo de Whatsapp com ele.
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"Você é burro, você está na senzala, você vai sair do grupo uma semana para pensar sobre o que você fez."
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No dia seguinte, Marinho fez um longo desabafo. Inconformado com o racismo, ele chorou.
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"Eu defendo a bandeira porque você passa na pele isso e quando você passa, você sofre."
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Chef Benedetti gravou um vídeo para se desculpar publicamente. Ele foi suspenso da rádio "Energia 97".
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Marinho recebeu a solidariedade de muitos torcedores e de pessoas engajadas na luta antirracista.
Ivan Storti
Aranha, ex-goleiro do Santos e da Ponte Preta: "Estamos juntos nessa luta."
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Eliana Alves Cruz, escritora: "Nós não descendemos de escravos, e sim de pessoas covardemente escravizadas, pessoas brilhantes que construíram essa nação."
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Diogo Silva, atleta do taekwondo: "O racismo se perpetua no nosso país, e temos que ser fortes e unidos."
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Márcio Chagas da Silva, ex-árbitro: "Sei o quanto é humilhante passar por essa situação e olhar nos olhos dos nossos filhos e imaginar que eles também vão passar por isso."
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Marinho disse que não irá se calar diante do racismo porque agora ele tem "voz ativa".
Ivan Storti/Santos FC
"Antigamente eu não tinha voz ativa então passavam despercebidas essas coisas. Quem não tem voz ativa baixa a cabeça e anda. Mas hoje eu sempre brigo pela causa. A Justiça não pune esses caras preconceituosos, vermes."
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Publicado em 04 de julho de 2020.
Reportagem: Adriano Wilkson; edição: Bruno Doro